domingo, 26 de fevereiro de 2012
Era uma vez
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Odeio Carnaval (crônica)
Eu odeio carnaval. Há algo no ar quando é carnaval que me enjoa e enoja. Odeio o suor, odeio as multidões, odeio as batucadas, os abusados, odeio, odeio, odeio. Sou frígida? Sou fraca? Sou foda? Sou. Meu temperamento é forte, minha raiva é grande e sou teimosa ao cúmulo do infinito. Todo carnaval me chamam, todo carnaval repito: Odeio carnaval.
Por esses dias de festa, enquanto passeava pela rua, vi uma legião ensandecida de foliões alcoolizados. Pensei para mim mesma “Ó! Deus, tenha piedade na alma desses idiotas”. Eram quase quinze pessoas barulhentas correndo pelas ruas travestidas de loucuras. Todas repletas de alegria. Suadas! Casos perdidos de imprudência, de irresponsabilidade… Tão felizes! Tão sujas! Tão livres! Fiquei curiosa, bastante! Como era possível aquilo ser bom? Quando fico curiosa, não há carnaval que me segure. Fui atrás. Segui o grupo. Olhei, olhei, andei, andei. Aos poucos nos aproximamos do epicentro carnavalesco de uma praça. Eu, arrumada, perfumada, sóbria e confusa me vi misturada com aquela escória. O grupo de quinze agora era um grupo de mil. Que nojo, que raiva, que angústia! Como sairia dali? E o calor! Que calorão! Meu Deus! Eu suava! Minha maquiagem derretia, meu cabelo desfazia, minha roupa soltava… Quando pude perceber, já estava parecendo uma foliã. Estava misturada com aquela gente! Não entendia! Qual era a graça? Eu mal escutava meus pensamentos!
Mal escutando meus pensamentos, comecei a sentir a música, comecei a ver a diversão. O nojo continuou, mas a abstração aumentou. De repente quis beber algo quente, não entendia aquela sensação de euforia. Bebi e parei de tentar entender. Virei para o lado e pronto; Meu dia acabou: Era a Barbara! Estudei com ela na escola! Quanto tempo que não a via! Nós dançamos e pulamos e gritamos e sim, sim, sim, suamos… Suamos muito! Que saudades, sempre sentia dela! A noite foi varrida por tanto contentamento que eu mal pude me focar no que fazia ou não fazia ou não não fazia. Temo em dizer que fui anárquica. Passei da conta, cheguei em casa de tal forma que o porteiro pensou que eu era outra. Tive que mostrar a identidade para poder entrar. Dormi feito criança.
Acordei feito velha, com uma dor de cabeça descomunal eu me arrependia. Me arrependia de muita coisa que fiz e que não escrevo aqui por culpa e vergonha. Eu fedia não só ao meu suor já azedado, mas também ao de toda multidão que roçara em mim. Minha roupa, meu cabelo… Uma piada de mau gosto. Com que cara olharia o porteiro? Como sairia na rua? Que desgosto! Que raiva! Que ódio! Maldita euforia! Maldita Barbara! Foliã de merda. Maldita curiosidade. Ai, que sede! Que nojo, que raiva. Não voltarei jamais para aquela baderna! Odeio carnaval. Muito.
Joyce de Almeida Cunha
Postei porque eu também odeio carnaval!! :/
ntx
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Pequena Estória
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Receita Medieval- Torta
Segundo a tradição, os restos mortais de São Tiago Maior, pescador profissional, irmão de São João e primeiro apóstolo de Jesus a tombar martirizado, repousariam na Espanha. Decapitado na Palestina, por ordem de Herodes, teve seu corpo resgatado pelos seguidores. A seguir, levaram-no pelo mar à Espanha, onde ele pregara durante seis anos.
O povo acredita que a embarcação foi guiada por um anjo. Estaria sepultado no altar-mor da Catedral de Santiago de Compostela, na província da Galícia, ao norte de Portugal. Todos os anos, milhões de visitantes aparecem ali para venerá-lo. Na idade Média, Santiago de Compostela se tornou um dos três mais importantes centros de peregrinação católica no mundo. Os outros são, Jerusalém e Roma.
RECEITA – TORTA DE SANTIAGO
Ingredientes
Massa : 1 ovo, 125 gramas de açúcar, cerca de 1 a 2 colheres (sopa) de água quente, 125 gramas de farinha de trigo, manteiga para untar, farinha de trigo para polvilhar, açúcar de confeiteiro para polvilhar.
Recheio : 4 ovos, 250 gramas de açúcar, casca ralada
de 1 limão, 250 gramas de amêndoas moídas, uma pitada de canela.
Preparo da Massa : Numa tigela grande, bater o ovo com o açúcar e a água quente, até a mistura espumar e os ingredientes ficarem bem incorporado.
Colocar a farinha de trigo aos poucos, mexendo sempre, para que a massa fique lisa e homogênea.
Abri um pedaço de filme plástico sobre uma superfície de trabalho, polvilhar com farinha de trigo, colocar a massa por cima e cobrir com outro pedaço de filme plástico, também enfarinhado.
Com um rolo, abrir a massa dentro do filme, até ficar com cerca de 2mm de espessura.
Colocar a massa no fundo de uma forma de abrir, com cerca de 24 cm de diâmetro, já untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Com um garfo, furar a massa em vários pontos. Reservar.
Preparo do Recheio : Bater os ovos com o açúcar, até crescerem e ficarem bem espumosos. Incorporar a casca de limão ralada, as amêndoas moídas, a canela em pó e misturar muito bem, até obter um composto homogêneo.
Finalização : Derramar o recheio sobre a massa, alisar e assar em forno preaquecido a 180 graus C, por cerca de 30 a 35 minutos. Deixar esfriar a torta dentro da fôrma.
Desenformar num prato de service e, antes do primeiro corte, polvilhar com açúcar de confeiteiro.
Nota : A tradição manda recortar numa cartolina o molde da Cruz da Ordem de Santiago e colocar sobre a torta. Depois, polvilhar a torta com açúcar de confeiteiro e retirar o molde. A cruz ficará desenhada na torta.
Rendimento : 8 a 10 porções
Fonte
Nathália
domingo, 12 de fevereiro de 2012
The world's oldest love poem
Bridegroom, dear to my heart,
Goodly is your beauty, honeysweet,
Lion, dear to my heart,
Goodly is your beauty, honeysweet.
You have captivated me,
Let me stand tremblingly before you.
Bridegroom, I would be taken by you to the bedchamber,
You have captivated me,
Let me stand tremblingly before you.
Lion, I would be taken by you to the bedchamber.
Bridegroom, let me caress you,
My precious caress is more savory than honey,
In the bedchamber, honey-filled,
Let me enjoy your goodly beauty,
Lion, let me caress you,
My precious caress is more savory than honey.
Bridegroom, you have taken your pleasure of me,
Tell my mother, she will give you delicacies,
My father, he will give you gifts.
Your spirit, I know where to cheer your spirit,
Bridegroom, sleep in our house until dawn,
Your heart, I know where to gladden your heart,
Lion, sleep in our house until dawn.
You, because you love me,
Give me pray of your caresses,
My lord god, my lord protector,
My Shu-Sin, who gladdens Enlil's heart,
Give my pray of your caresses.
Your place goodly as honey, pray lay your hand on it,
Bring your hand over like a gishban-garment,
Cup your hand over it like a gishban-sikin-garment.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Sobre o budismo
Buda Shakyamuni - o famoso Sidarta Gautama - foi o primeiro da era em que vivemos a se iluminar e dedicar o resto de sua vida à liberação do samsara e a trazer benefícios a todos os seres. Sua natureza luminosa já tinha consciência de sua missão, a única coisa que faltava era Sidarta abdicar de sua identidade limitada para abarcar e viver na natureza primordial - Buda - que está em tudo e em todos. Ele abriu mão de ser um grande príncipe ao descobrir o sofrimento que residia fora dos recônditos de seu palácio. E assim foi meditando, tornou-se nômade até asceta, para por fim, certo dia, desafiar Mara - o Senhor das IlusÕes - e receber a iluminação. Desta forma, Shakyamuni procurou trazer à tona formas de se livrar da experiência onírica e sofrida que vivemos.
Mas, afinal, para que serve o budismo? Basicamente, o budismo procura encaminhar o praticante à verdadeira felicidade. Não a felicidade que experimentamos - que é o polo oposto de sua outra maniferstação, o sofrimento - mas sim uma felicidade tão intensa e libertadora que alteraria radicalmente a forma que vemos o mundo. A principal forma de alcançar essa felicidade seria através da compaixão - que é uma manifestação do vazio luminoso em nós - aliado à técnica da meditação. O curioso é que quando meditamos, cessamos pelo tempo da prática a roda do samsara e sua automaticidade, e anulamos o carma que rege nosso modo estreito de pensar. Ao passar do tempo, com mais destreza na prática, vamos experimentando um pouquinho da felicidade absoluta, fato que nos faz compreender a vivacidade dessa experiência e a impermanência e opacidade do samsara.
No budismo tibetano, sua base reside em três jóias:
- A sanga (comunidade de praticantes; pense numa fogueira feita por vários gravetos, um único graveto não consegue sustentar todo o fogo e facilmente se apaga)
- O darma (o conjunto de ensinamentos que levam à liberação)
- E Buda (a natureza primordial que existe além do espaço-tempo)
O que podemos fazer para ir aos poucos caminhando no Nobre Caminho Óctuplo - etapas que levam à iluminação - é trazer benefícios a todos seres e tentar diminuir ao máximo o sofrimento que neles provocamos. O outro é importantíssimo no budismo, pois nada é separado; o que existe fora é mero reflexo do que há dentro. E por isso, só ajudando aos outros e propiciando-lhes benefícios, é que vamos estar de fato nos encaminhando para uma felicidade real.
Eu tive a chance de experimentar um pouco disso tudo e rever meus conceitos acerca do budismo quando resolvi fazer um retiro no templo budista de viamão. Fiquei por pouco tempo, uns 3 dias, comparado à duração total do curso. Mas acredito que foi uma experiência valiosíssima. Talvez uma das mais legais que já pude experimentar. Não pelo fato de me distanciar do mundo - tinha internet lá - mas pelo darma e pela sanga. Estar junto de pessoas que aspiram por algo que transcenda nossas visões auto-centradas e poder praticar com elas é fabuloso. O Lama responsável pelo templo é realmente alguém muito afortunado, pois não poupa esforços para tentar passar a essência das práticas da melhor forma possível. Tudo me deixou com saudades.
Talvez o assunto não desperte em vocês a mesma sensação de inquietude. Mas recomendo que, àqueles que se interessaram por esse pequeno relato, não deixem de se informar e ler a respeito.
Links: http://www.cebb.org.br/
Livro: Meditando a Vida - Lama Padma Samten
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Mudança cansa!
Diante dessa organização que se segue durante semanas o seu corpo e sua mente vão se cansando. Às vezes com a alegria de poder ter o seu canto. Outros se cansam só de pensar que terá de mudar de casa novamente assim que o dinheiro do aluguel começar a não aparecer com a mesma regularidade de antes...
Mudar: seja de casa, seja de atitude, seja de humor, não é fácil e esse fato com o tempo nunca muda!