O homem está em constante mudança. Sempre. Ele muda com ajuda dos outros, e a mais vantajosa dessas mudanças é quando percebe erros dos quais não tinha consciência sobre. Mas, o que eu vou propor aqui é: "Até que ponto mudamos para satisfazer caprichos dos que estão à nossa volta?". Entra na categoria de 'caprichos' coisas que são próprias de cada um, mas que por algum padrão comportamental pré-estipulado irrita aos que seguem tal jeito de viver. Nem todos somos iguais, isso é mais que um fato. Entretanto, existem paradigmas implícitos nas mentes dos que não pensam além - ou pensam como massa - que os verdadeiramente enjoam quando são quebrados.
Um exemplo básico: o preconceito para com quem não gosta de futebol. Eu acho, como índole, o futebol completamente inútil, herança romana das arenas para distrair as mentes da plebe para que não pensassem em assuntos realmente triviais (alguma semelhança com os dias de hoje?). Já como esporte, é algo divertido e enriquecedor, mas o fato de eu ser, bem, `desprovido de habilidades futebolístcias` me desistimula a jogar.
Existem também traços nos outros que não são respeitados, vistos como fora do normal ou esquisitos, pelo simples fato de não serem correntes à maioria. Isto leva, com o preconceito dos outros, à margens interpretativas, e mais uma vez, impressões ou conceitos deformados sobre tal pessoa ou coisa. E, porra, isso é algo que me irrita muito. Eu vejo muitas pessoas que, pela simples menção de os amigos discordarem de tal ideologia, mania ou comportamento, logo se adaptam (e isso é quase sempre inconsciente!) ao que eles esperam delas. Sabe o que ganha uma pessoa assim? Ou melhor, o que perde? AUTENTICIDADE.
Isso vai criando uma necessidade quase constante de tentar ser como os demais, de que não repousem "maus olhos" sobre si mesmos, e gradativamente a pessoa vai virando um mero produto do meio. Tenho um conselho bem concreto sobre isso: que se FODAM os que acham isso ou aquilo errado por simples pré-conceito. Desde que você não prejudique ninguém, não precisa mudar nada. Claro, se você tem medo de que o vejam diferente e o segreguem do grupo, significa que "talvez" aquele grupo não é o melhor para você.
Meus caros, o que seria do mundo se não houvesse pessoas que pensassem e agissem diferente? Uma massa ignóbil de gente estúpida e adestradinha compõe, se não mais que isso, uma possível paisagem.
Gabriel