Hoje, enquanto a chuva cai,
E o calor se abrasa em meu corpo,
Penso no que pensam que eu penso
Pensando pensamentos úmidos e untuosos
Alguns deles reprimidos por normas
Outros se manifestam feito gotas de água
Onde se sabe que quando uma gota cai
Prepare-se, logo virá a torrente
A tempestade de palavras que se faz
De dentro para fora
É bagunçada, lamacenta e encardida
Falta-lhe tempo para que se as lavem uma a uma
E quando elas se sentem limpas, secas e confortáveis
Quando estes sorrisos são bordados em suas caras de tinta
Tento logo acabar-lhes com sua felicidade,
Atiro as contra a parede, mandando as trabalharem
Por que não me obedecem suas imundas?
Eu as pergunto.
Nada, apenas silêncio é o que recebo em troca
Onde estão vocês? Ainda existem?
O desespero é grande, e o medo de ficar só paira sobre mim
Então, logo, uma por uma,
Elas vão formando uma estranha frase:
Acorde seu tolo,
Não vês que dormes na chuva?
5 comentários:
gostei muito.. quem postou isso?
gabriel
o que é estranho, pq meu nome não ficou no text
r0x, mostre isso para a Janete e você já está aprovado em Português!
Gabi!! Muito legal! Gostei mesmo. =)
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