Vniversale descrittione di tvtta la terra conoscivta fin qvi
Mostrando postagens com marcador crônica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador crônica. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Felicidade em questão

Aqueles que dizem precisar de outros para serem felizes , deveras não o são. Talvez sejam apenas alegres, no tempo em que o convívio com o outrem nutra sua mente de distrações, sentimentos efêmeros e que obstrua a visão para o vazio existente nas mesmas.

Muitos dizem que o ser humano é um animal social, em parte tal afirmação não deixa de conter veracidade, mas o fato é que ele precisa dos outros para sua sobrevivência, ou seja, uma troca de favores que fará com que a maioria tenha suas necessidades supridas. Movidos a um sentimento primitivo de perpetuação da espécie, este ser tem suas relações com seus parceiros um tanto mais complexas, devido a seu organismo em si ser mais desenvolvido (os animais, por exemplo, desprovidos de qualquer sentimentalismo, largam seus parceiros após acabarem de criar a prole para que haja uma maior variedade de seus descendentes). O único problema é que os sentimentos - por mais nobres e puros creemos que sejam - que nos são concedidos acerca deste impulso, nada mais são do que artificios que a natureza criou para que o ser humano sinta uma satisfação maior do que o prazer por si próprio.

O que dizer ainda da amizade? Analizando-a crua e nua, ela tanto nos convêm como forma de ter aliados da mesma espécie, como também meio para que possam ser desenvolvidas nossas habilidades de sobrevivência, através da troca de experiências dos indíviduos. A questão é que ela também retoma o assunto inicial do texto: Quando se está sozinho, se sente menos sozinho com outro. É apenas este o ponto, esse é o porquê de nós não conseguirmos ficar muito tempo sozinhos, pois quando se está pensando em assuntos não tão alegres e que estão acima da nossa compreensão, nos sentimos deprimidos, sem muito propósito.

Talvez toda esta situação mude quando aprendermos quem realmente somos. Talvez nunca aprenderemos quem nós somos. Mas se isso fosse possível, tal fato apenas traria à tona outra questão: Sendo nós ainda sob a condição humana seres em grande parte enigmáticos, como poderiamos ser simples ao ponto de nós mesmos compreendermo-nos?

José de Freitas

sábado, 4 de julho de 2009

Medo de não acordar

Acordei me sentindo realmente estranho. Era como se estivesse tonto e desorientado, cogitando em voltar para a cama. Quando vesti meus chinelos e abri a porta do meu quarto, me deparo com uma situação esquisitíssima: Quase não havia sol na rua!
Que horas seriam? 07, 08 AM? E porque eu não tinha mais sono?
Dirigi me até o computador, esperando encontrar a resposta para minhas frustrações. Lá o relógio dizia ser 5:45 PM! Abalado com aquela informação eu me pus a pensar. Isso significava que, se não houvesse nenhum despertador ou alguém que me acordasse eu dormiria o dia inteiro? E pior, agora eu havia perdido cerca de 6 horas e 45 minutos de minha rotina normal! Fui rapidamente comer alguma coisa, pois sabia que se passasse muito tempo sem ingerir alimentos começaria a apareçer sintomas de hipoglicemia. As horas poram-se a passar. Anoiteceu. Não tinha a mínima vontade de dormir. Forçava-me a ter os pensamentos livres para que começasse a entrar em um estado avançado de sonho lúcido. Nada acontecia... Súbitamente, apareceu na minha cabeça o motivo da minha falta de sono: Tinha medo. Medo de nunca mais acordar, medo de ficar preso em um pesadelo no qual enquanto mais se aproximava do clímax de horror, mais definidas e reais as imagens se pareciam. E elas não cansariam de me assombrar, produto de meus próprios medos e devaneios, tendo em vista manter-me o máximo de tempo o possível naquela tenebrosa imagem mental, estático, sem nenhum poder de encarar aquilo e acabar com tudo...

Gabriel

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O terceiro esquecido do romance

Randomicoteca me ajude: preciso da opinião sincera de vocês sobre o texto que escrevi abaixo.

Tudo se dava acontecimento toda a semana em uma praça de uma imensa cidade. Via-se um jovem casal, sentados em um banco de praça, e ao que parecia, eram loucamente apaixonados. Dialogavam amorosamente sobre as mais diversas coisas, trocavam carícias e beijos como se o tempo não existisse, como se a eternidade fosse o terceiro sujeito no banco.
Tanto observei que percebi uma coisa muito estranha. O amor entre duas pessoas se desenrola em três (O amor entre duas pessoas, na verdade, é entre três.). Existirá sempre o homem, a mulher e a "personalidade fantasma" (vamos chamá-la de terceiro sujeito), onde cada um tem direito de acrescentar qualidades e defeitos. O objetivo comum seria manter a assombração contente, pois ambos, homem e mulher, seriam diretamente afetados pelo estado de humor do sujeito oculto. Um relacionamento que não possui tal terceiro sujeito, seria a nítida e pura perseguição física, sexual. Mas não queremos entrar nesse medíocre detalhe, portanto a partir de agora compreenderemos o texto da forma explicada a cima. Podemos voltar...
Os três permaneciam sentados por ali. Se conheciam a muito pouco tempo... Cerca de três, "maravilhosas", semanas. Isso fazia o terceiro ainda muito pobre e vazio. Na situação apresentada, o casal têm algumas metas bobas, mesmo que ainda não muito bem pensadas por nenhum dos dois. Tão puros e inocentes, ou ao menos era a impressão que causavam, ao mesmo tempo corajosos por lançarem-se no misterioso oceano da paixão.
A noite engoliu a cena em menos de uma hora. Era chegada a hora de partir. A moça e o rapaz logo aproveitavam as últimas palavras e carícias do dia e saíram em direções opostas à caminho de casa. O mais fantástico acontece nesse exato momento: o terceiro vive horripilantes instantes e todas as quartas-feiras (e apenas elas), assim, perturbava-se:
- Podem ir embora, ingratos. - Logo depois, tatuava no rosto expressão solitária.
Poderia alma tão doce e delicada, recém nascida, adormecer em um banco de praça gelado? Poderia ela virar-se em lágrimas... Não demorou até que a única fiél companhia apareceu.
- De novo não...
Assim ganhava feridas o amor pouco valorizado, assim perdia o sentido canção com versos tão bonitos e harmonia tão desorganizada. Assim ficava por ser simplesmente assim...

Arthur