Vniversale descrittione di tvtta la terra conoscivta fin qvi

segunda-feira, 28 de março de 2011

Vó Carmela subindo na árvore.

Você, morador de cidade, que durante a sua juventude NUNCA se permitiu subir numa árvore, deve ficar angustiado ao ver alguém subindo uma árvore perto de você. Ou pior: mal tem força nos braços para se sustentar pendurado.

E se esse "alguém" subindo em galhos for a sua mãe, e ela tiver mais de 60 anos? Foi o que aconteceu com o pessoal desse vídeo. Até dá pra entender a preocupação do pessoal desse vídeo com ela, mas eu pergunto: será que, com a metade da idade dessa mulher, vamos conseguir ter a mesma energia que possibilitou ela subir um pé de manga?

Namoro, felicidade e suas reflexões

Tem essa coisa que me acossa de vez em quando. Sinto que há sempre um pesar em comentar sobre quem não está num relacionamento amoroso, como se isso é algo que faz ser superior aos solteiros. "Ah, fulaninho está namorando?" pergunta a Titia fofoqueira. "Sim, eles já estão juntos há meses." responde por sua vez, a mãe toda orgulhosa. Vamos ver o porquê desse tipo de atitude. Seria algum instinto primordial que preza pelos que vão ter mais chances de deixar descendentes? Um mecanismo de satisfação ao ver o aparato dos sexos funcionando? E, por consequente, a nítida repreensão daquele que tão somente vive a vida solitária? Ou nem que seja solitária, mas um relacionamento convencional? Bem, talvez seja algo mais profundo: Um aspecto psicológico inerente à maioria do campo senso comum, a resposta mecânica e condizente à psiquê do homem animal? Neste caso, mudar o estereótipo de uma possível felicidade é arriscado e propenso a desencadear complexos. Tal padrão seria reforçado pela cultura na mais tenra idade, uma enxurrada simbólica viva no subconsciente de muitos. Há, ainda muitas outras maneiras de contemplar esse comportamento, que deve ser questionado por todos. Por quê desmerecer o que vive só? Felicidade é por acaso sinônimo de matrimônio? Pensando bastante, talvez até com o coração, cheguemos a uma resposta, provavelmente não sustentando o comportamento mencionado.

Gabriel

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rebecca Black- Friday




WHICH SEAT CAN I TAKE?

B. Paralítico

O que a vida nos chocou
A Globo banalizou

Olhem para as novelas e seus "valores"

Pensem num Brasil sem-pensadores


Vejam o Big Brother

Observem a própria televisão

Não se lembram de 1984

E do temido Grande Irmão?


Sim meus caros, ele está aí

Acabando com a cultura

E promovendo o entretenimento barato

Controlando nossas mentes como controla-se ratos


A educação, eu pergunto!

Desliguem seus Facebooks um minuto

Saiam deste estado Torpe

E movemo-nos para uma Nova Ordem


Conspirar, meus caros. Não,

Lutar! Exigir o fim desse monopólio de cérebros

Findar esta produção em série de autômatos

É a nossa missão


Lutar por um Brasil pensante, "companheiro"

Não esqueçam que somos todos irmãos, brasileiros!

Nem que demos a vida por uma causa nobre,

Queremos o fim da ditadura de mentes pobres.



Gabriel

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dica do Charlie - www.melodybox.com.br

Hoje vou postar a respeito de um site muito bacana. Gosta de ouvir músicas, e de descobrir novas músicas? Então, este site é pra você.

O nome do site é Melody Box. Andei fazendo umas pesquisas, e vi que esse site é relativamente novo. No site do jornal O Globo tem uma matéria de 23 de junho de 2010 anunciando que, até então, faltavam duas semanas para que o site entrasse no ar. Nele você encontra uma variedade muito grande de artistas, muitos dos quais não devem em nada a muitos artistas do Mainstream musical nacional.

Segundo Fernando Jardim, gerente geral da Melody Box, eles não têm a pretensão de competir com o MySpace, site que incontestavelmente domina esse universo de "sites-para-divulgar-minha-banda". A idéia do site é servir de mediador entre os fãs e os artistas cadastrados por lá. Essa interação fã-artista gera pontos, que podem ser trocados por Ipods, ingressos para shows, materiais promocionais de artistas, entre outros. Eu mesmo já fui num show graças a esse site. Até escrevi uns versos sobre esse show. Veja nesse link, se quiser.

Fique claro que não fui pago pra falar sobre o site. Mas não custa nada falar de algo que a gente curte, não é verdade? Então, fica aqui a dica para todo mundo.

Link: www.melodybox.com.br

Charlie Dalton

segunda-feira, 21 de março de 2011

As Estações das Amizades

Cá estou eu, refletindo sobre a amizade, coisa tão singela e bonita em nossas vidas. Como é bom ter alguém com quem contar! Uma pessoa que você gosta que esteja ao seu lado e que sabe muito sobre você! Assim como é bom ter uma roda de amigos, onde todos se divertem e são felizes como grupo. Existem diversos momentos na amizade, e podemos até relacioná-los com as estações do ano.
Primavera está nas pessoas que recém conhecemos, mas já sentimos certa afinidade, é quando floresce essa bela flor e admiramos sua peculiaridade, por não conhece-la, surpreendendo-nos com cada detalhe descoberto.

Os amigos que conhecemos há anos e depositamos neles muita confiança e afeto, dizemos estarem no auge, são amigos-verão, que por mais rotineiros que sejam não nos cansamos deles, e sua presença é como um pequeno sol que nos traz alegria.

Porém, nem todos conservam grandes amizades. Existem obstáculos como o tempo e a distância que fazem com que tanto as flores como os sóis percam parte de seu fascínio, como a árvore que lentamente vai perdendo as flores e suas folhas caem secas e mortas no chão. São estas as pessoas que quando temos contato falamos de marcar algo, de sair quando houver a ocasião, e que como a árvore que mantêm-se de pé (ainda que na ponta só restem galhos) igual é o relacionamento.

Triste são os momentos de inverno numa amizade, que podem ser terrivelmente longos ou felizmente curtos. Esta estação é quando brigamos, ocorrem desentendimentos e o contato é cortado, às vezes para sempre.

O importante é ter em mente que todos os momentos das amizades estão sujeitos à mudanças, como no clima, por vezes inesperadas. Seja querendo sempre o sol forte ou não vendo esperanças diante à neve, a amizade é um ciclo, em que cada etapa precisamos aprender a lidar com as adversidades, tentando conservar sempre o assombro da primavera e o calor do verão.


Gabriel

quinta-feira, 17 de março de 2011

Duas estrofes à menina levada

Era uma vez uma mala pequena,
Uma mala que media um metro e quarenta.
Como era difícil carregar essa mala!
E o pior é que ela falava.

A mala era ruim - ruim de levar,
Mas eu não podia a mala jogar.
Mesmo com tudo a ela eu amava.
Ela era apenas uma menina levada.

Charlie Dalton

sábado, 12 de março de 2011

Para: ........ Bairro: ........ Rua: ........ n°: ...

Me lembrei de ti. Sabe, desde que escrevemos por cartas (e isso já faz muito tempo) e nos vemos apenas por fotografias, tinha esquecido desse teu jeito. Entende, essa coisa que você observa quando conversa com a pessoa de verdade, o jeito dela, sua fisionomia enquanto fala, o som da voz... São coisas que nenhuma correspondência pode proporcionar. Por isso disse: Lembrei de ti. Eu estava lendo umas cartas antigas, a Maristela estava do meu lado, quando deu essa coisa no meu peito. Foi a primeira carta que tu me mandou, me lembro direitinho do dia, até como eu me sentia. E por eu nunca reler as correspondências antigas, quando fiz foi como se um mero pedacinho teu tivesse tocado meu coração de novo. Fiquei feliz com isso, hoje em dia não lembro mais de tudo como antes, eu tenho ela, tu tem ele, mas foi uma coisa bonita, minha amiga, estar contigo mais uma vez.
Obs: Desculpe-me o descuido gramatical/sintático, essa ética no papel é meio difícil de ser seguida com o coração inflado, haha!Abraço do teu querido amigo,

Eliseu.



por Gabriel

sexta-feira, 11 de março de 2011

Vida no Cárcere

Vivo em uma prisão
Minha casa me limita,
Meu bairro me condena,
E para melhor estar
Minha mente me enlouquece.

Difícil fantasiar a vida alheia
Pela viseira que consome
Junto a minha visão míope
Qualquer divagação
Que minha imaginação poderia me provocar

O que minha mente se incumbe
É de ser contra meus impulsos primários
E a retórica que ela aplica
É sobre si mesma.

Nenhum cárcere deseja
Que seu prisioneiro se sinta livre
Ele quer passarinhos enjaulados
Por uma prisão feita de cultura e ossos

Mas em mim, percebam
Tento escapar em seus subterfúgios
Nos mínimos e possíveis pormenores
Lingüísticos que seja, mas possíveis

Luto como um gênio preso
Com garra e contra garra
Dessa tirana prisão
Em minha própria essência enfrascada.

Coisas da vida - O mosquito e o tigre.

-Atualizado às 11:06 do dia 11 de março de 2011

Hoje eu encontrei duas coisas que me fizeram ficar surpreso. O próximo parágrafo fala sobre a minha surpresa com o que encontrei dentro de casa; o outro parágrafo já mostra o desfecho inusitado de uma situação registrada pela câmera de outra pessoa, do outro lado do mundo.

Sabe aquele mosquito chato que te importuna toda a noite? Pois é, ele pode estar ficando cada vez mais gordo às suas custas! Depois que minha vó matou UM mosquito, eu vi que apenas um único mosquito minúsculo é capaz de desgraçar  a vida de milhares de inocentes - e bem maiores! - seres humanos. Duvida? Então, veja essa foto e veja que não estou mentindo.

Já pensou que você sofreria uma tragédia, mas acaba sofrendo uma outra tragédia que o deixa mais surpreso do que triste? Então olhe este vídeo abaixo e me diga se você não se identifica com essas palavras.



PS: Dedico este post à minha vó, que se não fosse ela ter matado o mosquito e mostrado a vítima pra mim a foto não teria existido - e nem seria postada! E dedico também este post ao acaso, que sem querer me fez descobrir o vídeo do tigre.

Charlie Dalton

quarta-feira, 9 de março de 2011

Reijin Vadok


Eis uma peça que depois de tanto tentar escrevê-la, adquiri um certo ódio; ainda assim, espero que vocês possam curti-la.

Arthur Wilkens

O sono da garota

"Bem, sou muito feliz", disse a garota que agora se dirigia ao carro do namorado. Ela fora retocar a maquiagem no banheiro de uma lanchonete, e lamentara-se que carros não costumam ter espelhos grandes o bastante como os de um lavabo. Ela constantemente dizia estar feliz, era mais uma auto-afirmação que a realidade em si, já que no seu âmago nada mais sentia que descaso total. Quando completara a faculdade (o curso fora indicação do pai, que, se o elegesse, ele cobriria a todas suas despesas) mal tinha idéia do que iria trabalhar, apesar de dizer às amigas que "agora sua vida começara pra valer". Ao voltar do banheiro, ela saudou o namorado com um longo beijo, e disse que não queria fazer a mesma coisa de sempre, ou seja, ir ao shopping.
Ele estranhou, e perguntou onde ela iria querer ir, com uma certa malícia na voz. "Aonde você achar mais agradável" ela falou enquanto lixava as unhas, sem dar bola às aparentes vontades do namorado. "Beleza, vamos dar uma volta por aí." ele falou um tanto decepcionado.

O carro andava rápido na auto-estrada, a paisagem mudara consideravelmente e o sol estava quase omitido pelo horizonte. "Você me ama?" perguntou o namorado de repente. Ela olhou surpreso para a cara de expectativa do garoto, estudou seu semblante que a mesma achava adorável e belo e, após uma breve pausa, concluiu: "claro" e sorriu, um dos seus mais falsos sorrisos, mas que a garota nem sabia distinguir mais entre encenação e honestidade. Enquanto eles andavam, a garota com sua mão repousada na perna do namorado, ele começou a ficar mais tenso, e ela pensou que ele talvez estivesse excitado ou algo do gênero. "Aqui", ele falou olhando para sua direita, mirando algum lugar de um bosque que ela desconhecia. Ela compreendeu que a tensão era por ele a levar em algum lugar desconhecido, pois sabia que a jovem detestava lugares onde não pudesse fazer compras.

"O que você acha de fazermos uma trilha?" ele falou baixo no seu ouvido enquanto o beijava com delicadeza. "Bem, desde que você conheça o caminho," ela ponderou. "Claro, minha vida, não te levaria em um local desconhecido" e dera uma boa risada, acentuando sua jovialidade e seus traços, o que a fez rir também. A garota só preocupava-se em não sujar os cabelos, pois detestaria ter que ir ao salão no dia seguinte, e se mostrou um pouco ranzinza por isso; "Relaxe, amor, o lugar é bem aberto" ele falou enquanto testava sua lanterna e colocava as chaves no bolso. Ao ingressarem na mata, a jovem percebeu que haviam muitos ruídos estranhos, o que a deixou um tanto insegura. "Tem certeza que é tudo ok?" ela falou sem olhar o garoto. "Sim! Vamos indo que quero te mostrar uma coisa". E assim foram andando, durante uns 20 minutos, até que a garota irritara-se: "Poxa! Não vamos chegar nunca? Não suporto mais esse mato, meus pés estão doendo, estou me coçando pelos mosquitos, logo vou desistir se não houver nada próximo!" sua voz irritada deixou o garoto um pouco preocupado, que a abraçou e disse "calma, estamos quase lá, prometo que você vai gostar" sua voz a reconfortou um pouco, e o toque de seu corpo contra o dela a deixara um pouco corada, assim como o perfume que exalava da sua pele, despertando um certo apetite na garota. "Ok, vamos lá, mas já sabe, se não houver nada de mais não durmo com você hoje" falou com uma voz trêmula. Ele dera um risinho como se soubesse o que a jovem estava realmente pensando, e ao olhar para a mesma com uma certa volúpia disse: "Tudo bem, pode deixar.".

Ao seguirem passo, a garota fora abrir a boca para reclamar novamente, entretanto a fechara, pois eles agora estavam diante uma grande clareira, com uma cachoeira mais ao fundo. A lua iluminava harmoniosamente, como se alguém tivesse feito cortes estratégicos nas árvores para que um peculiar prateado batesse tanto nas águas como nas flores que cercavam a clareira. "Não é a coisa mais bonita que você já viu?" perguntou o garoto sem mais nenhum tom de suspense na voz, e sim com uma cara de vencedor.

"Nunca imaginaria um lugar tão belo" ela falou de fato surpresa, pois algo dentro do seu peito remexera-se, como uma coisa que ela há muito houvera perdido tivesse retornado ao seu coração. "Que tal darmos um mergulho?" o garoto falou radiante, estendendo a mão a rapariga. "Não sei, talvez não seja meio perigoso? Digo, é noite e..." porém ela nem se deu ao trabalho de forçar um tom convincente, e quando o jovem percebeu, exclamou: "Quem chegar por último é mulher do Padre!" enquanto se despia no caminho. "Só se você for a menininha dele!" retorquiu surpresa com a própria atitude, e disparou fazendo o mesmo. Quando os dois atiraram-se, a água estava um pouco gelada, mas era tão cristalina que o efeito do luar sob a superfície a fizera esquecer disso. Enquanto brincavam feito crianças, a garota fez algo que notoriamente tinha a muito tempo parado de fazer: sentir-se realmente bem consigo mesma e tendo em sua mente o momento atual, sem divagações sobre inutilidades diversas. E bem, o contentamento que ela sentia não assemelhava-se nem de longe ao comprar ou ir a uma festa, e era tão real e tangível que ela seguramente poderia desfrutar daquilo para sempre.


Gabriel

A Felina Festa Do Chá

A Felina Festa Do Chá

A Senhorita Tabitha era uma gata muito quieta, de pelagem macia, e era tão cerimoniosa que seus amigos diziam que ela era uma solteirona; alguns diziam que ela era uma gata velha, mas estes nunca tinham sido chamados para uma das suas maravilhosas ''festas do chá''. Quando ela dava uma festa do chá, ela pedia para que seu criado Jacko entregasse os convites. Jacko era um macaco esperto, que tinha acabado de vir do Jardim Zoológico, onde ele costumava ter muita companhia.

Um dia a Senhorita Tabitha teve a ideia de promover uma festa do chá maior do que de costume, então ela preparou uma travessa de camarões, um saco de muffins, um bolo, um novo pão francês, e um quilo de manteiga fresca. E então ela pediu para que Jacko, que vestia um novo sobretudo, convidasse os amigos.

Jacko, o macaco, foi entregar os convites.

O primeiro a chegar foi o Sr. Ronrono Macio, um velho gato solteiro, que deitava-se quase todos os dias sob o sol num banco de jardim, observando os pássaros, mas que era muito gordo para caçar ratos. Ele veio junto à sua irmã, a Sra. Ronron Macio, que era uma ótima cantora, quase sempre usava uma palatina de pelos e bebia uma grande quantidade de leite para suavizar a sua voz.

O Sr. Ronrono Macio e outros convidados chegaram à casa da Srta. Tabitha.

O Sr. Garras-Pontudas era um sujeito muito diferente. Ele era orgulhoso de sua família nobre, pelo seu pai que era primo em segundo grau do gato de Dick Whittington, e que já tinha conhecido boa parte do mundo. O Sr. Garras-Pontudas também tinha muito orgulhoso de seu bigode, por isso antes de ir para a festa, ele passou no Sapo Seboso, o barbeiro, para ser barbeado. Enquanto ele estava lá sentado, com uma toalha sob o queixo, apareceu o seu amigo Capitão Black, um indivíduo muito valente, que já havia matado centenas de ratos, e estava sempre pronto para brigar. Ele era muito desejado pelas moças, e disse que iria à festa do chá ainda que não tivesse sido convidado.

O Sr. Garras-Pontudas foi até o Sapo Seboso, o barbeiro, e enquanto ele estava sendo barbeado, o Capitão Black apareceu por lá.

As quatro Senhoritas White já estavam a caminho da casa da Srta. Tabitha, com suas longas meias limpas, e seus maravilhosos vestidos de seda que sua mãe havia as dado. A Sra. White mais velha vivia perto da padaria da esquina, e o nome de suas filhas eram Fluffy, Tibby, Titty e Tip; todas elas eram famosas por suas belas pelagens e seus olhos brilhantes. Você pode ter certeza que os quatro Mestres Casco-de-Tartaruga estavam esperando por elas, pelo fato deles terem esperado durante a tarde toda, com seus casacos-de-rabo, com o propósito de acompanhar estas jovens encantadoras. Eles eram rapazes muito jovens, de modo que eles estavam muito orgulhosos por terem sido convidados.

Havia uma mesa de chá enorme, e quando todos se sentaram, Jacko não deu conta de servi-los, - mas os cavalheiros alcançaram o chá às damas, e pegaram os maiores camarões para as Senhoritas White, e praticamente esvaziaram o jarro de creme para o Sr. Ronrono Macio, e ajudaram-se com os muffins, e certamente todos ficaram muito satisfeitos.

O Capitão Black estava tão faminto que ele ficava o tempo todo em volta do pão e da manteiga. Ele pegou o prato que estava bem debaixo do nariz do Sr. Garras-Pontudas, o que o deixou tão furioso, que nada no mundo o contentaria a não ser um sorriso da Srta. Tabitha.


Depois do chá, pediram para que a Sra. Ronron Macio cantasse, e enquanto ela tomava mais um gole de leite, disse que iria cantar uma cancão muito antiga com variações. A canção se chamava Moll Rowdy, e o acompanhamento era de Spitz, e todos disseram que nunca tinham ouvido nada tão notável. Então a Srta. Tabitha, que tinha um bom ouvido, entregou a ela uma pequena canção folclórica que tinha um coral de Tant Miau, e todos participaram, o Capitão Black e o Sr. Ronrono Macio cantando a linha do baixo. Então o Capitão contou a história de uma de suas viagens à Ilha dos Cachorros, e o Sr. Garras-Pontudas contou sua aventura até Sta. Kitti, o que fez com que todos rissem.

A Sra. Ronron cantou uma canção e foi admirada por todos.

Mas o grande momento daquela tarde foi quando os quatro Mestres Casco-de-Tartaruga, que se chamavam Bob, Rattle, Clipper e Dick, chegaram na sala com grandes colares brancos e rostos pintados de preto, e começaram a cantar como seresteiros da Etiópia. Bob tocava uma rabeca, Rattle os chocalhos, Clipper o banjo, e Dick o tamborim, enquanto cantavam ''Old Dan Tucker'' e ''Kafoozlum''. As quatro Senhoritas White quase caíram das cadeiras de tanto rir, e o Sr. Garras foi visto colocando sua cauda sobre a boca; O Capitão Black não gostou muito daquilo, pois tinha pelagem preta e pensou que estavam rindo dele.

Mas o grande momento da tarde foi quando os quatro Mestres Casco-de-Tartaruga chegaram na sala vestidos de seresteiros da Etiópia.

Já era hora de todos irem embora, e o Sr. Ronrono que era muito preocupado com o horário, escovou seu casaco no hall e disse boa noite. O Capitão Black ajeitou seu sobre-tudo; O Sr. Garras penteou seu bigode, e as damas começaram a ajeitar seus vestidos para a caminhada. E então desdobrou-se uma agitação tão grande por todos estarem se despedindo, que inclusive alguns vizinhos olharam pela janela para ver o que estava acontecendo; especialmente quando o Capitão Black e o Sr. Garras-Pontudas se desentenderam e brigaram no meio da rua. No entanto, todos os outros convidados chegaram bem em casa.

Na saída dos convidados, o Capitão Black e o Sr. Garras-Pontudas desentenderam-se e brigaram.



Arthur Wilkens


''The Cat's Tea Party''
Autor desconhecido
Tradução: Arthur Wilkens

terça-feira, 8 de março de 2011

Aqueles filmes

Então pessoal, aquele último post me fez pensar sobre outros filmes.. mas com histórias simples, apenas romance e o que vem junto dele. E faltou eu falar sobre High Fidelity. A história desse
filme não é a mais legal do mundo, nem a mais romântica. É apenas um cara dono de uma loja que vende discos de vinil e tem a mania de fazer top 5 de coisas da vida dele, como os 5 términos de namoro. Assim, ele começa a pensar mais sobre as relações que ele teve e a causa de não terem dado certo (incluindo a mais recente). Mas é aquele filme que tu acaba concordando com o personagem em várias cenas e começa a perceber coisas que tu nunca tinha parado para pensar.

Sempre fui fraca se tratando de romance, não relacionamentos, mas filmes e livros. Aquela coisa bem de menina que sonha com o príncipe encantado, sabe? Mas nesse caso não são príncipes, e sim inúmeros personagens de cinema e literatura, independente da época. Consigo assistir o mesmo filme várias vezes, ler mais sobre a produção e atores, conhecer melhor a história do autor. E como eu não sei escrever poesias, contos e etc, resolvi escrever sobre o que eu sei e gosto: filmes que têm amor de alguma forma e que assisti milhares de vezes.
A ordem não significa nada, ok?

Serendipity - Também com o John Cusack, é uma história que fala muito sobre destino. Duas pessoas se encontram por acaso em uma loja cheia por causa do Natal, em Nova York. Ele escreve o nome e telefone em uma nota de 5 dólares e ela dentro de um livro, depois eles "jogam as informações no universo" e se um dia eles acabarem encontrando, é porque eles devem ficar juntos. Coisas que provavelmente não aconteceriam na vida real, mas eu torço por eles sempre que resolvo assistir de novo.


10 Coisas que Odeio em Você - Com Heath Ledger e Julia Stiles, uma história bem clássica de "high school" americana; decepções, apostas e etc. Eu devia ter uns 10 anos quando vi pela primeira vez e garanto que não sou a única que ficou sonhando depois com a cena do Patrick cantando na arquibancada. Ele era um ótimo ator.


(500) Days of Summer - Com Zooey Deschanel e Joseph Gordon-Levitt (que também está em 10 coisas..). A trilha sonora é muito boa e o personagem principal é aquele produto final de uma extensa exposição a músicas e filmes românticos demais, o que acabei me identificando. E ele é arquiteto também, e apesar de eu não estar mais estudando isso, me simpatizei mais ainda por ele.


A Mulher do Viajante do Tempo - É um livro que li ano passado, também tem um filme mas não é tão bom assim. Fala sobre o Henry que tem um distúrbio e do nada aparece em outro lugar, em outra época. E Clare, que conheceu ele quando tinha uns 6 anos de idade. Ele só conhece ela quando tem 28 anos. É uma história muito interessante. Vale a pena.

Orgulho e Preconceito - Da Jane Austen. Nunca tinha prestado atenção, até que um dia resolvi pegar emprestado o livro com a minha prima e logo depois assisti o filme. Coisa-mais-linda. O livro é muito bom e o filme também (!!!!).
É claro, sofreu algumas adaptações, como a cena abaixo. E a trilha sonora é ótima.


O Casamento do Meu Melhor Amigo - Com a Julia Roberts. Ficava emocionada quando passava na TV. A duas melhores cenas são a do barco, e depois no casamento, e as duas tem a mesma música: The Way You Look Tonight.

"Someday, when I'm awfully low
When the world is cold
I will feel a glow just thinking of you
And the way you look tonight
"

Simplesmente Amor - Com Hugh Grant, Liam Neeson, Colin Firth e vários outros. Ocorre no Natal, mas dessa vez em Londres. São várias histórias, vários casais e tipos de amor. Um filme simples, também vale a pena se tu gosta desse gênero.

É isso. Não é o melhor resumo de todos, mas é de coração hehe. Se gosta ou odeia alguma história dessas aí, apenas comente.

Juliane

segunda-feira, 7 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

V.M. Hilarion

Achei o texto que vou colocar aqui muito tocante... Espero que gostem.
É do Paulo de Tarso, ou também como sua mônada se chama, Hilarion.
Mostra como foi seus primeiros anseios na busca pela transcendência do eu, e sua consequente entrada como um discípulo de Jesus Cristo.

“Eu vivi em meio a Homens que sabiam.
Eu vivi cercado por intelectos poderosos.
Eu vivi em meio aos didáticos, aos professores, aos filósofos e aos eruditos. E cada palavra minha não era proferida como um ato de Fé, como um ato de Amor, como um ato de ajuda ou como um ato de consciência. Eu falava para que minhas palavras fossem bonitas; para que os sons fossem bem colocados.
Eu era um filósofo...
E tanto me envolvi no saber, no aprender, na eloqüência, na disciplina, que me esqueci de mim mesmo. Eu estava tão voltado ao mundo externo e àquilo que as pessoas iam pensar de mim, que eu esqueci de pensar em mim mesmo.
Era um diplomata. Nasci numa família na qual as pessoas tinham todas as condições de ser felizes e não eram.
Nasci no meio daqueles que tinham para o corpo, daqueles que tinham para a mente, mas que não tinham para a alma.
Fui educado para amar o belo, sem nunca, jamais, ter enxergado a beleza espiritual.
Eu fui um legislador das palavras. Um Homem sábio das atitudes. Um Homem que dizia sempre, a si mesmo, que praticava a verdade.
E, numa noite, eu dormia a sono profundo, quando apareceu, no meu quarto, um homem velho... Muito velho. E eu despertei com aquela presença horrorosa no meu próprio quarto, e comecei a insultá-lo, dizendo:
‘- Como você entrou: Como você veio aqui? Não percebe que você está no quarto de um nobre? Como ousa?’
E, no momento em que ia chamar os criados, no momento em que ia, enfurecidamente, gritar e acordar todos os empregados, aquele homem me olhou profundamente, nos olhos. E, mesmo que esquecido eu estivesse, vi nele, nos olhos dele, o meu próprio olhar.
Ele se mantinha no mais absoluto silêncio. Nenhuma palavra, nenhum som. Apenas aquela imobilidade de uma presença no meu quarto, que eu não conseguia expulsar. E, quando levantei o meu braço, ele, mais uma vez, olhou para mim, e disse:
Não me reconhece? Eu sou você. Você será assim, daqui 20 anos.
E eu olhei para aquele corpo dejeto, aquelas rugas, e não vi a minha altivez, não vi a beleza da minha pele, não vi os meus cabelos.
E nas palavras dele, não vi a beleza da minha pele, não vi os meus cabelos.
E nas palavras dele, não reconheci as minhas.
E, depois que o pranto tomou conta de mim, ele desapareceu.
Mil vezes, eu preferia que isso não tivesse acontecido, porque eu caí num profundo desespero.
Será que ele era eu?
Passei noites, e dias, e meses, sem conseguir mais conciliar o sono, comer ou discursar.
Quem era eu? Quem era aquele homem? Quem era aquele pessoa que no meu quarto apareceu?
Eu nunca havia pensado na velhice... Até então eu só tinha vivido para realizar as minhas próprias glórias... E que glórias, e que tempo efêmero...
E, assim, eu adoeci. Uma doença que, hoje eu sei, se chamava tristeza, mas estava vindo para me curar.
E quando eu estava nos meus delírios, afastei-me de tudo: do meu trabalho, de todas as regalias, de todos os gozos e de todas as angústias. Só havia uma angústia: compreender o porquê daquele homem no meu quarto, me dizendo que era eu mesmo.
E, mais uma vez, ele aparece para mim... e disse:
‘- Não lhe devo explicações, porque eu sou essa pessoa importante, esse homem forte, que você criou.”
‘-Não é possível que eu seja isto!’
Então, saí de casa, porque precisava arejar a minha consciência e, sem levar nada, apenas as vestes que cobriam o meu o corpo, saí andando. Não tinha nenhuma intenção de me desligar da vida. Eu queria viver. E cheguei à beira de um rio, no meio de uma floresta, e me banhei.
Havia um profundo desespero em mim. Havia uma profunda falta de esperança em mim. Porque, se eu não tinha um mundo em que acreditar, o que eu tinha?
E foi aí que começou a minha viagem de volta para mim mesmo.
Nas águas daquele rio em que eu me banhei, comecei a observar a minha humanidade. Comecei a ver que eu era igual, igual a qualquer outro homem. E chorei como um menino. Um menino que não tinha aprendido a chorar.
E, enquanto assim eu estava, envolto na minha tristeza, na minha decepção comigo mesmo, mais uma vez aquele velho apareceu. E, desta vez, ele não estava nem tão velho, nem tão soberano, nem tão ditador, nem tão encolhido, em seu mundo.
E ele me disse:
‘-Eu sou você. Eu sou aquilo que você pode tornar-se!’
E eu pensei muito naquelas palavras: ’Eu sou aquilo que você pode tornar-se! Eu sou o seu amanhã”.
E mais uma vez o meu intelecto se fixou naquelas belas palavras.
Durante alguns dias ainda permaneci, no verde daquelas florestas, porque sentia que aquele verde me curava, me limpava, me fazia ganhar suavidade e amor por mim mesmo.
Comecei então a pensar, muito fortemente: o que era Verdade para mim? E percebi que a verdade não eram os louvores, não dia para o mundo! Não porque eu fosse mais importante que alguém, mas porque compreendi que eu criava o mundo à minha volta.
Esse eu criava um velho decreto nojento, eu também criava, com as minhas palavras, o meu futuro. E, se eu queria mudar o meu futuro, eu tinha de mudar, agora!
E, assim, voltei para a cidade e me tornei um homem da verdade.
Eu sou Hilarion. E, durante muitas, muitas encarnações, eu voltei, sempre praticando a verdade.
E, hoje, eu lhes digo, meus filhos: a verdade cura. A Chama Verde cura, porque fortalece, em vocês, a verdade.
Não profiram palavras que não façam atos.
Não falem, jamais, coisas que não são a mais profunda e absoluta verdade, dentro de vocês.
Não poupem, aos outros, da verdade, lhes falando mentiras.
Vocês criam o mundo, o Universo à sua volta. Portanto, curem-se com a verdade.
Descubram a potência verde de suas vidas. E sejam Mestres; e sejam luz; e sejam flores; e sejam Universos de verdades. Porque tudo está em seu coração, em suas palavras em suas ações.
Portanto, não ousem mentir, e não sejam diplomatas nas palavras que forem, nem nas intenções, que ofendem e machucam.
Cuidem de ser verdadeiros nas suas intenções.
Cuidem de permitir que o mundo de cada um de vocês seja melhor, para que a sua estrela brilhe, para que a sua flor não apenas enfeite, mas perfume.
Seja verdadeiro...
Deixo, à todos a bênção da Chama Verde.
A verdade cura, porque a verdade é Deus.”


gabriel

Terence McKeenna e A Evolução Psicodélica

Nesse vídeo, o explorador norte-americano Terence McKeenna argumenta sobre sua teoria da evolução do intelecto humano.



Arthur Wilkens

sábado, 5 de março de 2011

Basse Dance

A ''basse dance'' era a dança cortesã mais popular no século XV e início do século XVI, especialmente na corte da Borgonha. ''basse'' representa o caráter da dança, em que os pares se movem lento e graciosamente, deslizando sem desencostar os pés do chão, assim contrastando-se com todas as outras danças.





Uma pequena demonstração:




Arthur Wilkens

Supercalifragilisticexpialidoso - mais um video postado no Randomicoteca

Pois é, minha gente. O Randomicoteca entrou numa onda de colocar videos com conteúdos estranhos como o  o KRUKRUKRUKRUKRUKRUKRU do Gabriel, ou até interessantes, como a  Peça para piano do Wilkens. Então resolvi postar um vídeo também. Como o nome do blog sugere que os conteúdos são randômicos, então me sinto a vontade em fazer isso também.

O vídeo em questão é um vídeo que eu achei só com o audio de um samba feito pela Disney. Sim, um samba, meus amigos. É um samba descontraído, sem os "pagodismos" modernos, que é uma versão em português brasileiro duma canção clássica dum filme clássico: Mary Poppins (Quem não se lembra da história da babá que tinha um guarda-chuva voador?)

Bom, chega de lero-lero e vamos ao video. Espero que curtam.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Dellusions

Sinto-me cada vez mais sufocado por tamanha hostilidade e inospitez do ambiente que vivo.

Lá vamos, eu e as pessoas vivendo, sem ao menos se perguntar o porquê.


Sem cultivo de valores e virtudes, vivemos num mundo horripilante e materialista.


Enviasado por um epicurismo exacerbado, sentimos esse vazio aterrador, tão profundo como um precipício e lívido como um pesadelo.


Numa vã tentantiva de tapá-lo, tão somente nos afogamos em mais e mais mesquinhez.


Falsa civilidade, uma fina camada de cavalheirismo que engloba toda podridão e bestialidades do homem.


Levem-me daqui! Prometo desintoxicar-me a qualquer custo.


Nem que de mim só reste os ossos, eu lhes rogo


Desfaçam-me deste mal-estar moderno.



gabriel