Vniversale descrittione di tvtta la terra conoscivta fin qvi
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domingo, 25 de agosto de 2013

Realidade ou Sonho? (Primeira Parte)




Você está dormindo ou acordado?
Começo esta publicação com a pergunta bastante simples, como a faria Morfeu, do filme The Matrix, para perturbar as vidas dos muitos poucos escolhidos a despertar da realidade artificial em que vivem. A ideia deste post, hoje, é refletir acerca dos limites de um sonho e traçar paralelos entre Matrix, Budismo e Psicologia (aqui em especial, envolvendo desejo, capitalismo e singularidades); com um quê de duvida sobre a realidade digno de se chamar “teoria da conspiração”.

                           

 Àqueles que não conhecem o filme Matrix (devem urgentemente assistir após ler o post), darei uma breve palhinha: Neo é um hacker da computação que um dia é chamado para uma conversa num chat com um usuário chamado Morfeu, que lhe faz perguntas desacomodantes acerca da realidade que ele vive ser artificial. A partir daí, Neo envolve-se com este homem e o último lhe dá a chance de conhecer a verdade sobre a ilusão que vive, ao oferecer uma pílula vermelha que o acordaria e  ver o que está no fundo da toca do coelho (uma clara alusão à Alice no País das Maravilhas). Ao tomar a pílula, Neo descobre, numa experiência bizarra de despertar, que todos os seres humanos dormem profundamente e são controlados por máquinas, estas se utilizando da energia humana para permanecerem ativas, pois a humanidade foi a única fonte de energia restante após uma briga entre os humanos e as máquinas que escaparam do seu controle. A briga de Neo é, portanto, em prol da humanidade: ele descobre ter sido o escolhido a dar um fim a batalha que existe entre os humanos despertos (e, portanto, exilados) e as máquinas que desejam o extermínio destes. Quase tudo, entretanto, se passa dentro da Matrix, esse software desenvolvido para simular a realidade.





A história de Neo nos remete muito à do príncipe Sidarta. Sidarta era um nobre que viveu na Índia antiga, alguns séculos antes de cristo. Quando ele nasceu, um sábio brâmane fez uma profecia baseada no seu mapa astral: ou o garoto se tornaria um grandioso rei ou ele seria um sábio asceta, vivendo exilado de seus afazeres reais. Seu pai, temendo muito pela continuação do trono e pela própria vida do filho, foi instruído a jamais mostrar nenhum tipo de sofrimento ao garoto (até que ele fosse mais velho) e assim fazê-lo viver numa doce ilusão. Acontece que, quando o príncipe tinha lá seus 17 anos, ele voltava de uma cavalgada com seu amigo e servo Channa (instruído de só mostrar coisas belas ao príncipe) e encontrou um velho que gemia de dor. Sem saber o que aquilo significava, Sidarta ficou profundamente abalado por aquela visão e o pensamento não o deixava em paz. Ele saiu mais outras vezes para ver o que havia lá fora e descobriu também a velhice, e o fato de que todas as pessoas um dia ficarão daquela forma, até finalmente morrerem. Isso fez com que Sidarta tivesse uma urgente vontade de entender a raiz desse sofrimento, e por isso ele acabou exilando-se – durante um estranho dia em que todos no palácio dormiam - como um asceta, e assim foi em busca de uma resposta para suas indagações.




Sidarta, tal como Neo, acabou entendendo que nada daquilo que experienciamos é de fato real. Na sua compreensão, tudo estava fadado a impermanência, a mudanças. E a origem do nosso sofrimento, portanto é em última análise o apego ao eu. Pois mesmo esse eu não existe, é ilusório. E dele decorrem todas as emoções perturbadoras que então nos fazer apegarmos às aparências e procurar algo de estável onde não existe estabilidade. Assim, Sidarta chegou à iluminação e tornou-se um Buda, que significa “aquele que está desperto”. Podemos perceber, aqui, a própria Matrix como sendo uma metáfora para essa vida-de-sonho que todos vivemos; bem como alguns outros elementos que mais tarde relacionarei.     




Então eu volto a perguntar: você está acordado? Como você sabe que não está dormindo? Como pode saber se dorme ou não, pois, quando sonha durante a noite, jamais percebe que está dormindo? E será que você beneficia alguém quando está assim, dormindo profundamente e se crê desperto?

Gabriel

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sapientia

 Existem, no homem, dimensões tão transcendentais que extrapolam a própria "humanidade" dele. Como assim? Bem, certas questões (que fogem a qualquer atividade ou menção cotidiana), quando encaradas sob uma ótica sem paradigmas e cientes da incapacidade de compreensão delas, conferem ao indivíduo, pouco a pouco, ir achegando-se do summum mistério e aperfeiçoando-o como ser pensante e sensível.
 Um exemplo, seria sobre a finitude do universo: é ou não nosso universo - isto é, tudo o que existe - um ente finito? Tão fadado a um fim como nosso curto período de vida? Não seria esta uma das maiores contradições da existência? Há também outras questões interessantes: o mistério pós-morte, quais são os reais limites e potenciais intrínscecos em nós... Ao passo que a ciência vai tentando resolver alguns dilemas e traz à luz estas e outras questões triviais, o ser pensante processa a informação e quais as consequências destes vinculadas à realidade (a ciência, para mim, é, portanto, parte da "matéria-prima" da filosofia). Veja que nenhum destes mistérios possui uma resolução aparente. Ou melhor, talvez encontremos uma resposta, que, mais tarde, mudará. Entretanto, o resultado desta "dialética do pensamento" é um desdobramento e maior profusão da razão crítica.
Respostas, respostas; o animus do homem é um ente selvagem, inscaciável por natureza. É ele que comanda o indivíduo a procurar por mais compreensão e viver mais mudanças. Uma vida estagnada está fadada à degradação, pois é incompatível com o próprio conceito de vida. Seja mudança do pensar, do sentir, do ver... Mas mudar - preferencialmente para melhor - é quase um dever para chegar à satisfação e equilíbrio deste animus, ou alma. A alma tem uma estreita relação com questões transcendentais, pois ela é imperfeita: seja pelo limite físico à ela imposto, seja por sua possível natureza incompleta, a certeza que tenho é que ela faz o possível para compreender os motivos de sua própria existência bem como a gênese de tudo o que é externo a ela, mesmo que saiba que, provavelmente, jamais chegará a resposta alguma.
À substância pensante, usando da terminologia descartiana, só foi conferida o poder de obter um conhecimento quase ordinário, se compararmos a magnitude das questões aqui propostas com o resto trivial. Claro que, chegando a isto, vemos que este é um possível dilema - ou causa - que move o Ser: nunca alcançar uma meta, mas almejá-la de todas formas não torna a nossa existência uma detentora da sapiência primordial, esta possivelmente enfadonha e estagnada. Ao menos por hora.

Gabriel (via sujeitoaminhaexistencia.blogspot.com)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Matriz empírica

Posso encontrar em mim um poço de sabedoria. Com um trabalho de auto-conhecimento bem dirigido, desvelo em mim mesmo coisas que nem imaginaria serem possíveis de compreender. E elas estão aqui, latentes em mim. Sei que boa parte - se não toda, numa hipótese ateísta - da água da qual eu desfruto provêm de uma fonte externa; é produto daquilo que assimilei e se aloja no meu subconsciente. Entretanto, por um acaso, toda essa água misturada e levada ao copo não foi retirada do meu próprio poço? Puxada pelo meu esforço? Não entra aqui, em jogo o fenômeno psíquico da singularidade? Pois sim, qualquer um - alguns em maior ou menor escala - dispõe da mesmíssima chuva que eu aqui aponto. Isto não significa, claro, que eles vão saber enriquecer esse líquido com os aditivos guardados de outras tempestades, da mesma forma como sucedeu a mim. O que eu quero valorizar aqui é a labuta de trazer à luz as águas de nossas mentes tormentosas. Nem sempre o dono do poço tem sede. Assim como nem sempre consegue o insight necessário para que ascenda o balde. A corda é um misto de criatividade com persistência.
A mão que puxa a corda e o poço do qual ela se abstêm não encontrará equivalência igual em todo o mundo.



Gabriel

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Without MAKE UP and photoshop

Kate Moss
Demi Moore
Christina Ricci

Megan Fox


A maquiagem pode salvar a sua vida... :)
fikdik

segunda-feira, 28 de março de 2011

Namoro, felicidade e suas reflexões

Tem essa coisa que me acossa de vez em quando. Sinto que há sempre um pesar em comentar sobre quem não está num relacionamento amoroso, como se isso é algo que faz ser superior aos solteiros. "Ah, fulaninho está namorando?" pergunta a Titia fofoqueira. "Sim, eles já estão juntos há meses." responde por sua vez, a mãe toda orgulhosa. Vamos ver o porquê desse tipo de atitude. Seria algum instinto primordial que preza pelos que vão ter mais chances de deixar descendentes? Um mecanismo de satisfação ao ver o aparato dos sexos funcionando? E, por consequente, a nítida repreensão daquele que tão somente vive a vida solitária? Ou nem que seja solitária, mas um relacionamento convencional? Bem, talvez seja algo mais profundo: Um aspecto psicológico inerente à maioria do campo senso comum, a resposta mecânica e condizente à psiquê do homem animal? Neste caso, mudar o estereótipo de uma possível felicidade é arriscado e propenso a desencadear complexos. Tal padrão seria reforçado pela cultura na mais tenra idade, uma enxurrada simbólica viva no subconsciente de muitos. Há, ainda muitas outras maneiras de contemplar esse comportamento, que deve ser questionado por todos. Por quê desmerecer o que vive só? Felicidade é por acaso sinônimo de matrimônio? Pensando bastante, talvez até com o coração, cheguemos a uma resposta, provavelmente não sustentando o comportamento mencionado.

Gabriel

segunda-feira, 21 de março de 2011

As Estações das Amizades

Cá estou eu, refletindo sobre a amizade, coisa tão singela e bonita em nossas vidas. Como é bom ter alguém com quem contar! Uma pessoa que você gosta que esteja ao seu lado e que sabe muito sobre você! Assim como é bom ter uma roda de amigos, onde todos se divertem e são felizes como grupo. Existem diversos momentos na amizade, e podemos até relacioná-los com as estações do ano.
Primavera está nas pessoas que recém conhecemos, mas já sentimos certa afinidade, é quando floresce essa bela flor e admiramos sua peculiaridade, por não conhece-la, surpreendendo-nos com cada detalhe descoberto.

Os amigos que conhecemos há anos e depositamos neles muita confiança e afeto, dizemos estarem no auge, são amigos-verão, que por mais rotineiros que sejam não nos cansamos deles, e sua presença é como um pequeno sol que nos traz alegria.

Porém, nem todos conservam grandes amizades. Existem obstáculos como o tempo e a distância que fazem com que tanto as flores como os sóis percam parte de seu fascínio, como a árvore que lentamente vai perdendo as flores e suas folhas caem secas e mortas no chão. São estas as pessoas que quando temos contato falamos de marcar algo, de sair quando houver a ocasião, e que como a árvore que mantêm-se de pé (ainda que na ponta só restem galhos) igual é o relacionamento.

Triste são os momentos de inverno numa amizade, que podem ser terrivelmente longos ou felizmente curtos. Esta estação é quando brigamos, ocorrem desentendimentos e o contato é cortado, às vezes para sempre.

O importante é ter em mente que todos os momentos das amizades estão sujeitos à mudanças, como no clima, por vezes inesperadas. Seja querendo sempre o sol forte ou não vendo esperanças diante à neve, a amizade é um ciclo, em que cada etapa precisamos aprender a lidar com as adversidades, tentando conservar sempre o assombro da primavera e o calor do verão.


Gabriel

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dellusions

Sinto-me cada vez mais sufocado por tamanha hostilidade e inospitez do ambiente que vivo.

Lá vamos, eu e as pessoas vivendo, sem ao menos se perguntar o porquê.


Sem cultivo de valores e virtudes, vivemos num mundo horripilante e materialista.


Enviasado por um epicurismo exacerbado, sentimos esse vazio aterrador, tão profundo como um precipício e lívido como um pesadelo.


Numa vã tentantiva de tapá-lo, tão somente nos afogamos em mais e mais mesquinhez.


Falsa civilidade, uma fina camada de cavalheirismo que engloba toda podridão e bestialidades do homem.


Levem-me daqui! Prometo desintoxicar-me a qualquer custo.


Nem que de mim só reste os ossos, eu lhes rogo


Desfaçam-me deste mal-estar moderno.



gabriel

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Acredito no amor

Eu acredito no amor. Acho que ele resume tudo o que o homem pode fazer de bom. O amor é capaz de construir grandes felicidades, e destruir grandes desgraças.

Mas, num mundo cruel e hostil, ser amoroso requer coragem. Irão te machucar para provar que o amor machuca. Mas o amor nunca fere. O que fere é a não correspondência a ele. O que fere também é o incômodo de quem não consegue ser feliz.


O que também fere muito é o desapontamento causado por quem disse te amar, mas não te amava. Mas as decepções servem pra mostrar que não podemos confiar em todos, mas NÃO prova que o amor inexiste.


Eu amo você, e por isso te falo isso. Conte comigo, pois em mim reside a prova de que o amor existe. :)


por Charlie Dalton




OBS: Charlie será *espero que ele tope ser* o mais novo contribuidor do rand, ele já possui um blog que vale a pena darem uma olhada! http://www.observoeescrevo.blogspot.com/

Parabéns Charlie, pelo seu texto, e seja bem-vindo ao randomicoteca!

Sinta-se livre para ser um autonomo contribuidor ou apenas um "tapa-buraco" que também é digno, seja como for.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Universidades e Evolução

Preparamo-nos o ano todo para essa série de provas. Mesmo que não tenhamos ido bem o suficiente, sinto que é uma coisa muito leviana e que não pode ser encarada como o fim do mundo no caso de não passarmos. A prova não “mede” inteligência, talento, virtude ou qualquer outro atributo que nos faz seres humanos melhores. O pior é que para alguns (geralmente quem disputa um curso muito difícil) se não passou é como se o mundo estivesse prestes a desabar, que todos os esforços e privações foram em vão e podendo até entrar n’algum nível depressivo. Aí que eu puxei uma aula de biologia que tive esse ano sobre evolução, onde o Darwin dizia que a Seleção natural gera Competição que gera Variabilidade Genética. Esse era o processo da teoria evolutiva, e um bordão que as pessoas acreditavam que decorria disso era “na natureza, os mais fortes sobrevivem” mas a realidade é que não são os mais fortes, inteligentes e etecetera, e sim os mais adaptados. E o que seria o vestibular senão uma espécie de seleção natural? Desta forma somente aquele que fosse o mais apto para realizar a prova (lembrem-se que ela é quase 50% concentração!) e tivesse assimilado mais conteúdo tem mais chances de sair bem sucedido. E pensando ainda de uma maneira um pouco mais fria, estes bem sucedidos também passariam seus genes aos descendentes - o Q.I. é uma herança genética - o que aumentaria o potencial dos mesmos de se darem bem naquele ambiente. Acredito que a banca deve ter isso em mente, o que acentua à história um toque maquiavélico; mas é a única forma de assegurar que não entrem qualquer um, somente os merecedores. Ao menos em tese.



Gabriel

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Não é o fim de tudo agora.

Lembrem-se que não é por que não passamos que nada mais tem sentido, ou ainda que tudo está perdido.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Felicidade

Cá estou eu. Cansado. Mas ainda sim, feliz.
Qual o motivo maior de ser feliz se não pela alegria em si?

É um estado quase de êxtase, onde nos sentimos mais confiantes e bem com o outrem...

Ainda que seja uma coisa boa, é como um músculo, onde se não exercitado, atrofia-se. É muito importante exercer a felicidade em um tempo que, ao mesmo tempo que estamos tão perto uns dos outros, nossos corações se sentem quilômetros e quilômetros distanciados. O descaso entre seres que deviam todos se amar, compreender e abraçar as diferenças, só mostra o quanto o darwinismo tem se equivocado... Podemos ter nossos corpos cada vez mais adaptados ao entorno, mas e o que dizer da alma? Não creio que o homem, tendo o poder de saber que sabe, está no topo da cadeia evolutiva, pois mais me parece que é um animal irracional como todos os outros... Volto a dizer, a felicidade é primazia, quando um indivíduo se encontra feliz, é como se ele irradia-se tal estado para todos, criando um tipo de reação em cadeia.

Mas assim como a felicidade, o ódio, e toda a gama de sentimentos ruins servem para o mesmo; quantas vezes não nos sentimos mal quando alguém se encontra infeliz? Ou ainda, irados quando uma pessoa nos atende *seja de que trabalho for* com desprezo ou desacaso? E fatalmente, tais sentimentos são nutridos por nós mesmos, deixando o dia um pouco mais pior. E aqueles que, vêem na vida motivo para estar constamente infelizes? Os chamados "depressivos"? Que se encontram viciados em tal sentimento (pois sim! O corpo vicia nessas substâncias liberadas muito seguidamente, como pessoas que querem sempre viver a vida de uma forma radical *adrenalina*) e aí que se cria aquele desespero e paradigma de que é impossível sair deste ciclo..

Para levarmos uma vida alegre, não é preciso muito, é só começar pelos pequenos atos, como ouvindo uma música que deixe seu astral lá em cima ou que relaxe ao ponto de ficar bem com você mesmo. As atitudes seguintes para com as outras pessoas também são importantes, quando por exemplo se começa uma briga, tentar não dar bola e ao invés de partir para uma atitude mecânica, seguir em frente; ajudar os outros quando eles precisam com entusiasmo; e até mesmo tentar fazer feliz aquele que se encontra mal! Com essas pequenas coisas, verás que é bom sentir-se bem, e, sempre que puder, levantarás o ânimo lá para cima.

E assim, cá estou eu, cansado, mas fazendo uma das coisas que me deixa mais feliz, e tentando ao mesmo tempo, mostrar a quem quiser, que felicidade não é um estado de Ser tão difícil de se alcançar.


Gabriel


Post original: sujeitoaminhaexistencia.blogspot.com

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Universo, vida e merecimento

Algo gigantesco, feito de dúvidas e teorias. Quantos existem? O nosso tem um fim? Será que buracos negros são passagens para outros universos paralelos ao nosso, ou é apenas algum tipo de reciclagem? Onde quase tudo são esferas e elipses, há uma grande possibilidade de estarmos dentro de uma enorme célula que vem se expandindo. E o que nos intriga mais: como pode haver vida em um lugar tão complexo e hostil? Seres pensantes e que destroem o próprio lar dia após dia. Tudo o que conhecemos em nosso meio tem alguma função que se encaixa perfeitamente com outras. No momento o que vem atrapalhando todo esse processo magnífico somos nós. E se eu fosse o criador disso tudo, iria repensar muito bem sobre o que eu proporcionei para os seres humanos. Será que somos dignos disso tudo? Pensem. Juliane.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sobre o amor e seus filmes

Amar é uma coisa simples, exceto que não é. Todos esperamos sempre por aquela pessoa que as músicas sempre declamam; mas, será que ela existe? Se você chora pelo amor que se perdeu e pensa que nunca vai encontrar ninguém igual "mas não ligo, afinal esse foi o único jeito" vai se lamuriar até morrer decrépito. Só que não vale a pena. O problema não é nem o sofrer, mas sim o fato que você simplesmente fecha seus horizontes, ou melhor, seus olhos lembrando só daquilo que passou. Você se reclusa, isso sim. E pode fazer que você goste de se sentir desse jeito.


Mas ah, então você é um cara diferente, é capaz de amar de novo ou pela primeira vez, só está esperando que a garota dos seus sonhos chegue do seu lado e cantarole: "to die by your side such a heavenly way to die" por escutar, propositadamente The Smiths em alto volume. Não vou nem comentar a insanidade desde pensamento *e suas variantes*. Filmes são feitos para, no final das contas, serem clichês sim! Ainda mais aqueles que falam de amor e como o "destino" o propicia de uma maneira estranha. Mesmo que depois você saia do cinema com o coração inflado e pensando: "Sim, eu sou o cara" sabe que não passa de pura fantasia. Muitas vezes as pessoas especiais estão mais perto do que imagina. E antes que você venha me dizer que isso é frase-de-filme-clichê-para-perdedores devo dizer que, bem é sim, mas não é só isso. A gente é geralmente fadado a ficar com aquela pessoa menos surpreendente, isso por que ela é tão normal à você que ela nem parece grande coisa, mas quando "re-conhece" ela, vai ver que ela pode sim sê-la! A primeira coisa a notar é alguém que te faz sentir feliz, confortável de se estar junto e, principalmente, que você possa ser você mesmo. É essencial. Ostentar aparência para alguém só demonstra que você tem medo que a pessoa não te queira por ser quem verdadeiramente é. O próximo passo é tomar coragem e deixar o coração, er, falar.


Mas ok, caso você a conheceu a pouco tempo mas tem medo de que destrua a amizade mimimi e espera o destino fazer o resto digo: Talvez, quem sabe, O DESTINO JÁ NÃO A TROUXE À VOCÊ? Bem, se isso não for o suficiente para se mover logo recomendo que continue se imaginando com ela ao escutar "Here comes your man" enquanto outro esperto não faz o serviçinho no seu lugar.



Gabriel

domingo, 27 de junho de 2010

Antes que eu (mundo) termine.

Sou uma farça.
Nada mais que um reles inseto

Inquieto, que gira

Sempre ao redor da luz


Vivendo situações repetidas

Vestindo repetidamente

Roupas que encubram

Minhas próprias mentiras.


Quero, posso, não consigo

Mudar. Será?

Vejo agora no horizonte

Uma luz diferente


Que me faz esquecer

Os poucos pedaços

Úmidos e vazios

Que ainda restam tapar


Sinto que, aos poucos

A luz vai me transformando

Sim! Começa a ofuscar

A mim próprio


Consumindo-me até que

Só reste mais

Uma continuação

Disso que chama-se paz.



gabriel

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Rascunho #1

E aqui estou eu. Sentado sob uma cadeira que grita, Gritando tão alto como uma pobre velha Que ao sentir o odor mortal do destino Se vê engasgada em seus próprios lamúrios. O que a vida é? Durante toda nossa existência Nunca nos sentimos satisfeitos Seja uma vez apenas Em nos contentar com uma resposta, Sempre buscamos e creemos encontrá-la Em todos diferentes momentos que "somos". Talvez a vida não seja uma pequena prosa, Feliz, com seu início, meio e fim delimitados Seja ela beirando à um byronismo insuportável Ou ainda sonsa e mesquinha, querendo fugir dos fatos Tanto para sentir, Tanto para ver, Ainda sim, Tão pouco tempo, Ó Deus? Quiçás toda vida fosse Como uma pequena borboleta, Pequena, entusiasmada e divertida Sem preocupação onde termina, Mas sempre aproveitando cada instante And living with no regret. gabri=el

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pensamento n.4

Ora planamos sobre incerta beleza Ora oramos por monstros da terra Ora caímos Ora escorremos feito água sobre pedra E embora ouçamos resbalos alheios, não passam de visões de quem um dia já fomos. (Arthur Wilkens)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Desabafo

Às vezes me sinto de uma maneira tão esquisita; Tão sujo; Tão indigno; Tão mal; Tão... Humano?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A P A T I A

Uma vida é pouco para o que o mundo guarda; Tantas descobertas no dia-a-dia mas que vão, aos poucos, perdendo o encanto Aos poucos, pensamentos vamos deixando Até que seja difícil ver por aí Alguém com qualquer brilho que seja Ainda que nem a todos eles escutam Pensando que um dia *Quem sabe?* volte sua culpa. Sábios que já não são escutados Ignorados, eles são Alguns ainda sentem certa fascinação E aos poucos, pouco a pouco, tudo caí no esquecido (CAIXA PRETA, CAIXA PRETA) Ademais, quem era aquele garoto da bola cinza-suja? Dos cabelos encaracolados e escorridos sob a testa, De poucos miolos mas sempre alegre e sorridente? Ah, era eu! Ah, era eu! Que vivia supreendendo-se com as coisas do mundo Onde numa pequena caixa de areia fazia-se rei, e rei deveras era! Ah, era eu! Ah, era eu! Aos poucos,Então reflito: -Ah, fui eu. G

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Páscoa

Hoje é dia de Páscoa. Para muitos, mais um dia onde receberão presentes e tem a figura de um homem quase esquecida. Poucos pensam e encontram um significado para o existir da Páscoa. Ela pode simbolizar o renascimento de cada um, seja lá qual for o problema que a fez "morrer" para então "renascer" como alguém novo. Além desse significado, a parte onde filosofamos a respeito, a Páscoa também pode ser o dia em que celebramos nossa felicidade, cultivamos o amor ao próximo e tentamos nos conectar com nosso Ser. Pois sim, se refletirmos sobre a vida, vemos que nada fa muito sentido quando não estamos experimentando uma felicidade exterior, seja lá qual for a fonte que nos promove essa alegria. Percebemos duramente que a verdade é vazia, nossa existência passageira e se prestarmos atenção, podemos até ouvir o tic-tac do relógio em contagem regressiva. Mas, apesar de tudo isso, existe algo. É um sentimento raro, que quando estamos menos desprevinidos nos toca: Uma estranha alegria de estar vivo e presente. É como uma pequena chama que nos é acendida em nossas vidas frias, onde, por ser tão gelado, logo se apaga. O que podemos fazer, é cultivar essa chama, esse espírito, esse nosso Ser. Sentí-lo vivo e real, pois qual seria a felicidade de uma vida somente materialista? Não é algo que soe como certo em nossos corações. Todas as religiões tentam mostrar a existência desse espírito, mas no dia de hoje ela foi espalhada por Jesus, um homem que pregou algo muito real e prático (pois caso contrário não haveria conhecimento da sua fama nem seus seguidores seriam perseguidos no passado) mas que hoje apenas temos a lembrança de sua existência. Logo, é intrínsceco do ser humano, a busca por algo transcendente. Do latim, religião significa Religare, ou seja religar-se com o divino. Portanto, quando hoje estiverem comendo algum chocolate, em algum momento do dia, tentem sentir também vossos seres, deixando por uns momentos o resto de lado e agradecer, seja lá o que vocês chamem, por poderem viver e ter a oportunidade de serem felizes. Gabriel

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ecos de lugar algum #1

Oi! Eu aqui denovo tentando ressussitar uma coisa que já morreu mas que por algum motivo continua viva. Como uma criança insistente, vou fazer mais uma postagem (em realidade re-postagem) de um texto que escrevi pro meu blog. É mais uma reflexão pessoal, mas que acho que talvez agrade alguma pessoa aqui do randomicoteca. Estava pensando em como as coisas podem ser passageiras, como aquilo que hoje é belo amanhã se torna feio, em suma, a efemeridade da vida. Nos apegamos tanto a sentimentos e prazeres, momentos e outras passagens da vida que acabamos por continuar a reviver esses fatos e perdendo-se do presente, quando não estamos presos em planejar com gosto aquilo que virá amanhã. Durante toda uma vida temos uma sucessão de alegrias e tristezas, sempre almejando conquistar a paz e a felicidade! Todavia, mesmo durante estes momentos, algo em nosso íntimo não se aquieta, pois sabemos que no fundo nada permanece estável, tudo está num fluxo de constante mudança. Qual a resposta então para viver se não a satisfação de nossos desejos (traduzida para muitos como felicidade)? Por que mesmo aqueles que tem tudo lhes parecem que existe um buraco no peito que não se pode preencher? Vivem então, se distraindo, procurando entreterimento para não dar ouvidos a esse silêncio horripilante. A real felicidade é saber contemplar aquilo que é mais valioso em cada um, algo que ultrapassa as garras dos sentidos e que paradoxalmente é a base de seu ser. Isto é a essência de tudo: o nada. Pois no final nada somos senão pó, é só uma questão de tempo que não estejamos no fim e é o próprio tempo que nos condiciona a pensar que somos ilimitados. Quando compreendemos isso, nada é tão importante quanto o vazio que nos toma, algoo iluminador que muitos chamam de paz.