Vniversale descrittione di tvtta la terra conoscivta fin qvi

domingo, 25 de julho de 2010

Conheça o Rand


"O Rand é a moeda oficial e corrente atualmente na Africa do Sul. O rand também é usado oficialmente no Lesoto e na Namíbia. Circula livremente também, embora de forma não oficial, na Suazilândia e no Zimbábue.

O nome Rand deriva da palavra "Witwatersrand" que é uma abreviação de “White-waters-ridge”, cuja tradução literal é Montanha das Águas Brancas. Esta é a montanha na qual a cidade de Johannesburgo foi edificada. No passado, esta montanha era uma importante jazida de extração de ouro.
O símbolo do rand é a letra R (maiúscula). Apresenta notas de 10, 20, 50, 100 e 200 Randes. As moedas, simbolizadas pela letra c (minúscula) no caso dos centavos, são apresentadas em 1, 2, 5, 10, 20, 50 centavos (1 Rand é dividido em 100 centavos). Também há moedas de 1, 2 e 5 randes.

Criação do Rand
O Rand foi criado no ano de 1961, ano da criação da República da África do Sul. O Rand substituiu o Peso sul-africano.
"

Fonte: suapesquisa

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Momento de Alva Alegria

Era mais uma tarde de inverno rigorosa. O frio dançava com a chuva lá fora, enquanto num canto do meu quarto tentava fazer o dever. Por mais que eu me abrigasse, era como se o maléfico ar que respirava congelasse minhas entranhas, deixando-me inerte e incapaz de tornar o que lia em algo claro e coeso. O barulho da cadeira que gemia sinalizava minha impaciência, tão intensa que eu agora sofria de uma tremenda enxaqueca. O remédio era ao mesmo tempo deixar o quarto como também uma pílula sobre a mesa da cozinha. Ao ver tamanha bagunça e nenhum copo limpo, me pus a lavar a louça, ao passo que minhas mãos eram acalentadas pela água morna. Sem interesse algum, contemplava pela janela a cidade que eu me encontrava. Fétida. Esquecida. Tediante. Mas ainda sim cidade que prosperei parte da minha vida. A ingratidão que sentia misturava-se à solidão que, por ser diferente, consumia-me por não ser daqui. O gozo sentido pela água cada vez mais quente lavava tais pensamentos de mim. Afinal, eram só mais alguns meses até dizer Adeus àquela cidadezinha. E, para quem esperou quase uma vida toda, isso não era nada.
Quando a torneira foi parada para secar a louça, percebi algo estranho: aparentemente, caía algum tipo de poeira, talvez cinzas, do apartamento de cima. Com uma curiosidade movida pela inércia do momento, empurrei a janela de maneira que se abrisse. O engraçado, todavia, não era a clareza da poeira, mas sim sua frescura. Com um olhar mais apurado sobre aquela estranha substância, percebi que ela derretia. A partir disso, era como se um motor velho fosse depois de muito tempo, acionado. O calor que sentia por dentro nada tinha a ver com a água que antes esquentara minhas mãos. Faíscas de prazer cintilavam nos meus olhos. Era o sentimento do novo, a excitação que quebra nossas rotinas, assim como um parente muito querido que bate à porta, fazendo uma calorosa e inesperada visita.

No andar de cima, Matias não via a hora de terminar de esvaziar o modesto freezer daquela antiga geladeira. Era tão velha quanto difícil de tirar os cubos de gelo, que quando removidos à força criavam uma consideravel camada de gelo fino, e, se não limpa, cairia no chão podendo até causar algum acidente. O copo de whisky jazia sobre a mesa com seus dois cubos, quebrando a uniformidade do vermelho alaranjado, assim como sinalizando que a bebida estava pronta para aquecer quem, naquela rigorosa tarde de inverno, a bebesse.



-gabriel

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Prosa Noturna

Mais um tempo se passa. Desses que voltam uma vez lá que outra... A tarde era fria, sem muito barulho pra incomodar. O sol, o jardim, o quarto, a sala, o piano, as partituras, a casa. Uma tarde digna de férias bem aproveitadas. A noite cai e me traz um presente, o silêncio absoluto. Nessa tal serenidade onde se pode perceber as minuciosidades da vida, o cérebro daqueles acanhados que não saíram pra rua acendem como um lampião. Quem me ouve? Quem me questiona? Apenas minha própria essência. E mais ou menos no meio da madrugada o sono interrompe um filme na TV. Desligo as luzes, subo as escadas, entro no quarto e fecho a porta. Ali, de uma fresta na janela me atinge uma luz laranja. Vem lá do poste. Resolvo ir na sacada. De meia no chão, meus pés esfriam, mas era bom sentir aquela atmosfera noturna... Foi quando tive os olhos fisgados a distância. Alguém caminhava próximo à faixa, sem direção, com passinhos pesados. E tinha a cabeça coberta. O que fazia? Um sujeito estagnado no asfalto. E iluminado pelos postes, no meio do escuro, como a chama de uma vela. Nunca fui de ver assombração, mas o indivíduo ali isolado me fez contemplar a cena por uns trinta segundos, quando um carro parou em sua frente sem fazer ruído algum. Não se moveu; uma porta do veículo se abriu, enquanto eu esperava ter mais um personagem em cena. O sujeito mancou até o carro e entrou, fechou a porta e o carro partiu para fora do meu campo de vista.


Arthur Wilkens

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Copa do Mundo

Gol!
Que acendam centelhas divinas
Ímpares, perpetuando floreios aos olhos de quem vê
Exalando perfumes tão tenros
Em atmosfera de óde à pátria amada!

Contemplem a união fraterna das nações
Em nome de buscas heroicas impossíveis
Enquanto cada povo proclama em alto tom:
''Eis nossos laços de virtude!
Apresentamos ao universo nossos guerreiros de ferro
Em seus postos pela gigante batalha da paz.''

Falta!
Soam as infernais cornetas desamparadas
Do sopro enganado de cidadãos traídos!
Por onde se esconde o juíz nacional?
Cobrindo a miséria dos outros
Criando visões superficiais da própria imagem

Lá se vai nosso pão e vinho tinto!
Lá se vai...
A esperança de quem veste amarelo
Às custas da vitória do próprio país.



Arthur Wilkens

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mike Lu e Og!


Essa ilha deve ser no sul;
Linda ilha sobre mar azul

Essa ilha deve ser no sul (OÓH)
Linda ilha sobre mar azul...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

#2

Obs: Recomendo ouvir essa música enquanto lêem:

Seu nome ele achava engraçado. Na escola era motivo de chacota:"Onde está Julieta, ó Romeu?" Riam-se seus amigos. Ele bem sabia que era uma brincadeira, mas estranhamente saia desamparado: "onde está a Julieta?" pensava. Nunca sentira amor, por isso desconfiava da existência do mesmo. Aí que certo dia, Romeu bateu seus olhos em alguém. Sorriso aberto, olhos claros como o céu e a sensação de uma tremenda paz quando perto. Romeu criou uma grande amizade com essa pessoa, até que certo dia aconteceu: enamoraram-se. O problema? Só o nome: Miguel. Sim, Romeu achara sua paixão, não numa doce mulher, mas sim num igual: um homem. A reprovação foi intensa: amigos, família, Romeu parecia agora personagem de uma digna tragédia. O pior, era que após o ato final, a peça de fato não foi de agradoaos pais de Miguel, que de romancistas nada tinham. O dia era chuvoso. Tão úmido quanto a facede Romeu, que sentia também uma tempestade por dentro, A despedida seria rápida, "não quero ninguém pensando que meu filho é... diferente." assim dizia a mãe de Miguel. O pior era que, além de não querer ir, seus pais estavam demorando para chegar. Decidiu-se: iria à pé se necessário. Com a capa de chuva na cabeça, seguiu seu rumo contra a chuva cada vez mais rápido: apertava o passo. "Eles precisam estar lá ainda" era o que dizia a si mesmo. Quando chegou no local, ou melhor, antes de chegar, notou algo estranho; uma ambulância lá havia. Um carro batido, que logo reconheceu como seu. Correu ao encontro, e tirando seu sufoco, lá estavam seus pais. "Chorando? Está tudo bem agora" disse enquanto dava um forte abraço nos dois. Aí que, pela cara da sua mãe (e não era seus cabelos curtos com algum sangue que o encomodava) percebeu que algo não ia bem. Atrás dela, sinalizara outro carro, quase que irreconhecível, tamanho o estrago. "Mamãe? Estas pessoas se feriram muito?"em troca, apenas soluços. Foi correndo até o carro, enquanto egoísta, pensava: "Não creio que não cheguei a..." E lá estava; mesmos olhos azuis como espelhos do céu e sob uma paz quase divina. O irônico era o sorriso torto que mal pode se abrir quando viu quem chegava. A cena pareceu durar horas, não, décadas, e o movimento final dos lábios foi claro, afiado e sem som ao mesmo tempo: "Aqui estou eu, Romeu".

-01

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6:30 da manhã. O despertador toca. Mais uma noite sem dormir o suficiente para um longo dia de trabalho. Ele levanta, sua cabeça está pesada. Ele sempre gostou de cachorros, mas às vezes eles latem demais. Não tem coragem de reclamar para o seu vizinho, um viúvo simpático que sempre o ajuda quando precisa, e Tobias, o motivo de suas profundas olheiras, é a única companhia daquele senhor.
E ele prepara o seu café com torradas, termina de comer e vai para o trabalho. Um escritório movimentado no centro da cidade. Na hora do almoço se encontra com a namorada, que o trata muito bem, mas é um pouco exagerada em todo o tipo de sentimento que tenta expressar.
Ela, preocupada, pergunta o que está acontecendo com ele, apesar de desconfiar o motivo. Ela nunca gostou de cachorros, e todos os dias, dá colheradas de iogurte para os seus três gatos: Clóvis, Alberto e Pandora. Ele não gosta de reclamar, principalmente para ela. Por algum motivo ele sente um calafrio quando faz isso.
O resto da tarde foi uma cópia de sua manhã, além de sentir mais sono. Na janta, come macarrão instantâneo e toma o resto de uma Coca. E por algum milagre, dorme a noite inteira, sem nenhuma perturbação. E as outras noites também.
No sábado, encontra o seu vizinho na rua e vai comprimentá-lo. Mas ele não parece muito bem. Então ele conta com muita tristeza: há três noites atrás encontrou Tobias morto, e o ferimento na sua cabeça dava a entender que alguém o tinha pisado com um sapato de salto agulha.