Vniversale descrittione di tvtta la terra conoscivta fin qvi

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mémoires

Fragmento 1
Trensurb. Lembro-me de quando era pequeno e pela primeira vez (ou ao que minha memória permite recordar) andei de trem em poa. Foi com meus avós, e lembro que estava super animado ao ver pelas janelas sujas de um trem atrolado de gente os trilhos e as pessoas que seguiam seu rumo caminhando com pressa. É (apesar de talvez não fazer nenhum tipo de alusão a isso) uma das melhores recordações com meus queridos avós.


Fragmento 2

Por que será que as pessoas tem necessidade de dizer "saúde", "Deus te abençoe" - que palavra escrita estranha! ergh - dentre outras expressões quando tossimos e/ou bocejamos? Desde cedo nunca havia me familiarizado com esse dito mecanizado, sempre estranhei que ao tossir, e mais ainda bocejar, dissessem tais confortos. Ora, tossir é algo tão normal, não? O mais intrigante foi, em certa ocasião, estar numa fila e uma pessoa que não me conhecia tossira, e ao me ver não dizer nada exclamou com a maior descontração: "Nem 'saúde' me deste!".


Fragmento 3

Seria clichê demais adicionar mais algum comentário ou coisa similar aos dois anteriores só para completar a ansiada tríade, mas que ainda essa semana soube algo acerca: meu professor de História, comentou que o número "3" é visualizado (ainda que no inconsciente coletivo) como um número divino e representante da estabilidade, e ser esse um dos motivos para que principalmente na política, dentre outros ramos, organiza-se as hierarquias ou a síntese das mesmas sob essa disposição (Regência trina, Poder legislativo, judiciário e executivo, etc), fato no mínimo curioso.




Gabriel

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Capriccio, em teu nome.

Acaso tu estejas mesmo por aí, sei que me lês
E assim, sei que me vês e sei que me entendes.

Perante à madrugada, me contenho
E a ti, transcrevo estes versos de minha sóbria moral
Peregrinando por poucas memórias e vagos desejos
Me ilumino, e capricho, em teu nome.

Se te julgas por pisar sobre falsa realidade,
pergunta por onde andas a ti mesmo
Pois a calma vem a hora errada, tão zonza,
e quando cai te desarma feito praga!

Vivente, não te enganes, pois sei donde vens!
Volta ao elo das almas corajosas e de boa vontade.
Deita sobre o berço do teu anjo-amigo,
para que este o tenha em seu relicário sagrado.

E por fim, presta atenção nestas palavras, porque nelas te entrego um aviso:
Rejubila!
Sei que em braços fraternos, encontrarás juízo.


Arthur Wilkens

postagem original: http://portapoesia.blogspot.com/2010/11/capriccio-em-teu-nome.html

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Retrato (mini-conto)

Ela mantinha seus breves momentos, em que, contida, rastejava o olhar pelo canto dos olhos, os quais eram azulados e magníficos, que logo caíam sobre a mesa. Bebia um pouco do chá, enquadrando numa doce moldura o silêncio inoportuno. Por um ínterim, pensei: a lembrança é a ideia que temos de um passado. Já o agora não constitui ideia alguma: aquilo não constituía ideia alguma, não naquele momento. As coisas só ganham sentido moral quando paramos para pensar sobre elas. Não era o caso: aqueles minutos não marcavam o tempo: me atingiam como um sentimento cristalino, sabendo que, sem adentrar em bifurcações perigosas de sua moral insegura, ela sentiria o que eu queria que sentisse.


Arthur Wilkens

http://portapoesia.blogspot.com/2010/10/retrato.html


obs: mudei o layout, espero que também tenham gostado.

domingo, 24 de outubro de 2010

Bichos fodas


Colocarei aqui breve descrições de animais curiosos e fotos.

1º. Ratel

-Ele é um dos animais mais destemidos

- O ratel ataca e mata basicamente qualquer coisa que se movimente: demora apenas 15 minutos para ele comer uma cobra de 1,50m.

- É inteligente e acha os pontos fracos do oponente rapidamente.

- Quando confronta outro macho da espécie, ele ataca os testículos.

- Nem animais astutos como leões e leopardos tentam atacá-lo.


2º. Cavalo-Marinho

- O cavalo marinho é um peixe;

- Possui cabeça alongada com filamentos que lembra crina de cavalo;

- Nada na vertical;

- Enfim, é true.


3º. Kiwi

- Típico da Austrália;

- É uma ave que choca seus ovos internamente, ficando ainda mais roliço;

- Tem a forma e a pelagem semelhantes a fruta de mesmo nome.



4º. Équidna

- Ele é um dos únicos mamíferos que põe ovos;

- Lembra bastante um porco-espinho, ainda que sejam estruturalmente diferentes;

- É encontrada na oceania.


(As fotos são de filhotes)


5º. Ornitorrinco

- Assim como o équidna, essas duas espécies compõem essa rara exceção aos animais mamíferos;

- Possui um bico com o qual caça seu alimento (peixes, camarões, etc);

- Ele possui glândulas mamárias, mas o leite escorre pelo seu peito (desprovido de seio) e portanto o filhote precisa lamber essa parte da mãe para alimentar-se.


6º. Água-viva Turritopsis Nutricula

Não é uma hipérbole, ela é realmente imortal.

- Ela é tão rara que nem nome comum tem, só dá pra chamar pelo nome científico.

- Ela faz Benjamin Button parecer um amador: após atingir a maturidade, essa água-viva regride a condição de pólipo. Esse ciclo acontece permanentemente.

- Apesar de ter apenas 5mm, são muito especiais para os cientistas que procuram nela o elixir da juventude.




Gabriel

Bumba meu boi


O Bumba Meu Boi é tido como uma das mais ricas representações do folclore brasileiro. Segundo os historiadores, essa manifestação popular surgiu através da união de elementos das culturas européia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas, nas diversas variações regionais do Bumba Meu Boi. Existem festas similares em Portugal (Boi de Canastra) e no Daomé (Burrinha).

O documento mais antigo de que se tem notícia a respeito do Bumba Meu Boi é datado de 1791, e foi escrito pelo Padre Miguel do Sacramento Lopes Gama, num jornal de Recife.

A festa do Bumba Meu Boi constitui uma espécie de ópera popular. Basicamente, a história se desenvolve em torno de um rico fazendeiro que tem um boi muito bonito. Esse boi, que inclusive sabe dançar, é roubado por Pai Chico, trabalhador da fazenda, para satisfazer a sua mulher Catirina, que está grávida e sente desejo de comer a língua do boi. O fazendeiro manda os vaqueiros e os índios procurarem o boi. Quando o encontram, ele está doente, e os pajés são chamados para curá-lo. Depois de muitas tentativas, o boi finalmente é curado, e o fazendeiro, ao saber do motivo do roubo, perdoa Pai Chico e Catirina, encerrando a representação com uma grande festa.

O boi é a principal figura da representação. Ele é feito de uma estrutura de madeira em forma de touro, coberta por um tecido bordado ou pintado. Nessa estrutura, prende-se uma saia colorida, para esconder a pessoa que fica dentro, que é chamada de "miolo do boi". Às vezes, há também as burrinhas, feitas de maneira semelhante ao boi, porém menores, e que ficam penduradas por tiras, como suspensórios, nos ombros dos brincantes.

Todos os personagens são representados de maneira alegórica, com roupas muito coloridas e coreografias.

As brincadeiras de Bumba Meu Boi acontecem defronte à casa de quem convidou o grupo, e que patrocinará a festa. Embora surjam variações de uma região para outra, normalmente as apresentações seguem uma ordem. Primeiro, canta-se uma toada inicial, que serve para juntar e organizar o grupo, antes de ir para a casa. Em seguida, entoa-se o Lá Vai, uma canção para avisar ao dono da casa e a todos que o boi deu a partida. Depois disso, vem a Licença, em que o boi e o grupo se apresentam, entoando louvores a santos, a personalidades e a vários outros temas (natureza, personagens folclóricos, etc).

Começa, então, a história propriamente dita, e ao final da apresentação, o grupo e a platéia cantam juntos O Urro do Boi e a Toada de Despedida.

Em algumas regiões do Norte, o boi é morto simbolicamente . O vinho representa o seu sangue, e sua "carne" (o manto que envolve a armação de madeira) é repartida entre os espectadores e participantes da festa. Para a próxima festa, outro manto será feito.

A música é um elemento fundamental no Bumba Meu Boi. O canto normalmente é coletivo, acompanhado de matracas, pandeiros, tambores e zabumbas, embora se encontrem, em raros casos, instrumentos mais sofisticados, como trombones, clarinetas, etc.

No Norte e no Nordeste do Brasil ainda se encontram grupos organizados de Bumba Meu Boi, muitos deles formados por famílias que se esmeram em manter a tradição. As representações não têm época fixa para acontecer, e podem ser feitas para comemorar qualquer acontecimento marcante do lugar.



Nathália

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Crocodilo escapa e é considerado culpado de acidente aéreo







Um voo de rotina na República Democrática do Congo virou uma catástrofe após um crocodilo escapar da mala de um passageiro. De acordo com o único sobrevivente humano do acidente, os passageiros em pânico correram para o cockpit, e o piloto perdeu o controle do avião.


As primeiras informações do acidente especulavam que o avião tinha ficado sem combustível e “não conseguiu fazer um pouso ideal”, mas a aparente verdade é muito mais bizarra. Tudo indica que um dos passageiros do voo privado estava escondendo um crocodilo em sua mala, até que o animal escapou:



As aeromoças, assustadas, correram em direção ao cockpit e foram seguidas pelos passageiros. O avião ficou instável, apesar dos esforços desesperados do piloto.


20 pessoas morreram no acidente. O crocodilo sobreviveu, mas foi executado com um facão. [MSNBC]


Foto por Karen Givens/ShutterStock


Por: Arthur Raio


Fonte: www.gizmodo.com.br


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os Onbros Supórtam o Mundo

Chega um tenpo em que não se dis mais: meu Deus.
Tenpo de abssoluta depurassão.
Tenpo em que não se dis mais: meu amor.
Por que o amor rezultou inútil.
E os olhos não xoram.
E as mãos tessem apenas o rude trabalho.
E o corassão está seco.
Em vão mulheres baten a porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sonbra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada espéras de teus amigo.
Pouco inporta venha a velice, que é a velice?
Teus onbros suportam o mundo
e ele não peza mais que a mão de uma crianssa.
As guérras, as fomes, as discuções dentro dos edifícios
provan apenas que a vida prosegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, axando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Xegou um tempo em que não adianta morrer.
Xegou um tempo em que a vida é uma orden.
A vida apenas, sem mistificassão.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fragmentos Perdidos (Despedida)

Amigo de anos eu diria,

Sem que a amizade permanecesse pura

Pois o tempo imundo à suja

Suas idéias, agora tão distintas

Onde estará nossa velha alegria?


Sinto, me caro, em lhe dizer

Não és mais o mesmo

Como mim tampouco

Porém, por que tão rude e seco

É como me tratas e vês com sufoco?


Nunca sei quando lhe agrado

Quando sua face exprime verdadeiro gozo

Sua máscara, se faz discreta

E esconde o familiar rosto…

Outrora querido, por suposto


Surgirão com o tempo, muitos amigos

Mas peço-te para que não se enganes

Com certos plásticos e superficiais

Sejam eles quem tu ames

Não deixes te magoar por tais


A saudade se faz eterna

Os fragmentos de felicidade completam

A carta que sem coragem escrevera:

Te prezo muito, meu amigo.

Só espero que radiante lembres

Tudo o que já passaste comigo!



Gabriel

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Hora de Escrever

Hora de escrever. O corpo amortecido pela cadeira, a nuca então repousa sobre o encosto e ele fixa o olhar no teto. Um mosquito, dois, mais ao lado, um pequeno lustre, quatro lâmpadas, uma queimada; então são três. Fecha os olhos rapidamente e cai em escuridão. As três lâmpadas continuam lá, menos brilhantes, elas dançam sobre um colorido inexplicável. Não as quer ver, aperta os olhos, a escuridão não existe mais. São luzes, ele pensa, de onde vem? São pequenas luzinhas, como estrelas congeladas pelo universo, e ele abre os olhos. São quatro, quatro lâmpadas, mas uma está apagada. Agora ele descansa os braços estendidos que seguravam a caneta, os solta sobre a barriga, observa, cruza, arregaça a manga do pijama listrado. Alguma ideia há de vir, qualquer coisa que não seja o conto que ele nunca consegue por no papel. Qualquer coisa, ele pensa, segura a caneta e a aponta em direção a qualquer lugar: o relógio. Não, tenta mais uma vez: a garrafa de azeite. Péssimo, agora tem de dar certo: a janela. Ele olha, olha, e nada vê, mas sabe que deve haver alguma coisa. Ele se concentra, "vamos", a caneta. Hora de escrever.


Arthur Wilkens

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Chopin; Marcha Fúnebre em Pinturas Musicais

Assisti ao vídeo abaixo pela primeira vez na quinta-feira passada, no penúltimo encontro do curso Chopin em Capítulos do StudioClio, e hoje já faz parte dos meus favoritos. Esse trecho faz parte de um média-metragem no qual o diretor ilustra o terceiro movimento da sonata op. 35 de Chopin, sua famosa Marcha Fúnebre. Acompanhar o vídeo do início ao fim prestando atenção na música e nos detalhes nos faz filosofar um pouco sobre as etapas da vida de cada um, como é mostrado no cantabile entre as duas partes macabras; seria como se o tema principal simbolizasse a morte, e então temos a vida na parte central. Espero que gostem.

Arthur Wilkens


avisos importantes

saudando os contribuíntes e visitantes, por meio desse post vejo a necessidade de estabelecermos certas regras para a organização, primeiramente, estética do blog.

mudei o layout para o mais simples possível, e também diminuí o banner que a ju colocou, já que este ocupava metade da tela. seria interessante se todos que postassem tivessem o cuidado de escrever com um padrão de tamanho e estilo de fonte para a escrita padrão, podendo sim, destacar alguns trechos usando negrito, ou itálico. isso vai evitar que alguns posts chamem mais atenção do que os outros e vai dar um aspecto mais formal ao blog, o que vai incentivar a leitura e a postagem, no meu ponto de vista.

a minha dica é que quando forem colar um texto que não foi escrito diretamente no blogger, que tomem o cuidado de transcrevê-lo para o nosso tamanho padrão de fonte, e não esqueçam de indicar de onde o texto veio, com um link ao final do post.

outra coisa: identifiquem-se sempre nos comentários, e tome cuidado pro seu irmão mais novo não foder com o blog.

e vamos usar as amadas tags!


Arthur Wilkens

oi galera

mudei o layout, espero que tenham gostado.
juliane

esse layout tá uma merda

esse layout tá uma merda

domingo, 17 de outubro de 2010

Dilma quer acabar com os colégios militares

Tudo que presta, que contribui para o desenvolvimento do País, precisa ser destruído para que a mediocridade possa continuar a governar o Brasil.
 Agora, é necessário acabar com os COLÉGIOS MILITARES. São doze e, tradicionalmente, os melhores do Ensino Médio no Brasil.
Estão reclamando porque lá se ensina a verdadeira história da Pátria.
Lá não se enaltecem os gatunos dos mensalões e os destruidores do País.
Lá não se ensina a mentir como se mente no blog da candidata a presidente e mente a própria candidata que falsificou até o seu curriculum vitae.
Nos Colégios Militares, ensina-se a vitória dos GUARARAPES, resultado da União das raças (preto - branco e índio) que derrotaram o melhor exército do mundo, na época.
Lá se ensina que foram os paraguaios que invadiram o Brasil, apossando-se de URUGUAIANA, FORTE COIMBRA E CORUMBÁ e não a mentira implantada e contada pelo comunista e historiador argentino León Pomer, que publicou que o "Brasil matou 95% da população masculina do Paraguai" e por aí vai e a versão brasileira é de Júlio José Chivenato que nos apresenta como submissos à política externa Inglesa e outros "bichos".
Quem quiser saber a verdade que compre o livro GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL DE LEANDRO NARLOCH.
Neste livro vamos encontrar a versão correta do problema indígena, quando o Ministério da Educação, que deseduca, fala em genocídio contra os índios e outras safadezas criadas pela mediocridade esquerdista e ladra brasileira.
A raiva contra o IME, o ITA, as Academias Militares e os Colégios Militares é que são escolas de Excelência.
Os alunos destes estabelecimentos de Ensino são, competentes, disputados no mercado de trabalho pelas seguintes razões: são responsáveis, são preparados, são disciplinados, são cumpridores do dever, aprenderam que ser honesto é uma obrigação do cidadão, são leais aos seus superiores e sabem comandar e obedecer.

Nos COLÉGIOS MILITARES, há a seleção pelo mérito e não pela lei do GERSON.
Lá se desenvolve o caráter do jovem, ensinando os valores que dignificam o homem.
Como é necessário e urgente destruir os valores da formação moral da Nação Brasileira é preciso que sejam os mesmos destruídos para que continuem a dominar a safadeza, a falta de caráter, o roubo, o assassinato, a mentira, a desonestidade, a canalhice, a sem-vergonhice, o domínio dos sacripantas, velhacos e outros termos ditos pelos que foram traídos agora e estão mostrando a desgraça para onde marcha o Brasil.
Os Colégios Militares formam a elite pensante brasileira.
Nenhum dos mensaleiros, cuequeiros, terroristas, transportadores de dólares, malas, matadores profissionais (Santo André) etc. cursaram algum Colégio Militar.
Eles estudaram na escola do crime.
Aconselhamos aos detratores que estudem e leiam Nabuco, Taunay, Calógeras, Rocha Pombo, a coleção Brasiliana, Fragoso, Lira Tavares e não procurem fugir do debate, indo para os EUA ou Europa com medo da falta total de Cultura.
VAMOS REPASSAR PARA INFORMAR!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As duas faces de Dilma Rousseff!

O vídeo fala por si mesmo...

pense um pouco nisso.

não devemos acreditar em tudo que falam... principalmente se quem fala é o PT ou um Petista...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Política em questão

//Outro texto do meu blog, só pra dar um ar político pro rand, hehe



O processo eleitoral no Brasil é considerado por muitos "uma piada". Em um país possuidor de uma história cívica tão turbulenta - desde a criação do modelo republicano até a repressão na ditadura - era de se esperar que todos vissem o assunto com mais interesse. Um dos motivos para tal descaso é a ignorância de boa parte do povo, assim como escândalos promovidos pela corrupção, formando um conceito generalizado acerca da figura política.

Em uma pátria onde o presidente sequer possui ensino fundamental completo, têm-se o reflexo da faceta populista reinante, onde bastando que o candidato possua carisma o suficiente, ou seja, a imagem projetada do país, é necessário para governar a nação. Isto ainda seria pouco para criar descontentamento com o cenário político, pois, não obstante, vê-se verdadeiros palhaços, que sequer sabem qual função desempenha o cargo concorrido, subindo ao poder.

A poluição, tanto sonora quanto ambiental, chega a ser risível: músicas que ficam o dia todo sendo reprisadas por carros de som, atrapalhando a concentração de todos, e os famosos "santinhos", que se não distribuídos são jogados aos montes nas ruas, completam um panorama deplorável.

Visto que o tema político e o estudo em si é dominado com maestria por uma minoria mísera, a ignorância do povo com o processo eleitoral e até mesmo o que se pode fazer para mudar as mazelas que deturpam o sistema é apenas o acarretamento disto. Não há nação mais fácil de se controlar e ser agradada que a da política do "pão e circo", construída sobre toda estupidez e inércia de mudanças.

O que deve ser feito é forçar o debate político dentro das escolas, já que outra forma de alienar os jovens é com a desculpa da imparcialidade do professor. Ou ainda criar uma disciplina que estude a fundo todo o processo. Por fim, apenas instigando o conhecimento pelo nosso sistema é que será possível criar uma nação mais sólida e inteligente, e que desperte da aparente letargia para com a corrupção vista desde então.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A vida nos venceu.

Sinto agora o quanto minha mente arde ao tentar atropelar todas as nossas coisas de uma vez só, enquanto percebo em ti nestes últimos dias, que de fato são os nossos últimos, a fria indiferença que por tua parte nunca existiu. No telefone já nem reconheço a pessoa com quem dividia a minha vida há alguns meses; cara a cara, intensamente ainda sinto a tua assistência, o teu corpo, o cheiro nas tuas roupas e..., é tudo idêntico à antes, intacto, como eu sempre fui acostumado a ter. Eu espero ter um tempo pra ti esquecer. E enquanto escrevo, sinto como se uma nuvem que aperta o meu peito voasse vagarosamente para fora... não tão longe, logo ali perto, aonde sei que a reencontro quando o vazio me consome outra vez. Eu sei que nenhuma palavra minha vai fazer juz ao que hoje perambula aí por dentro. Percebes agora que tudo acabou? A partir de agora eu encaro, velha amiga, vou engolindo até que o prato se acabe. A vida nos venceu.




Arthur Wilkens

Felicidade

Cá estou eu. Cansado. Mas ainda sim, feliz.
Qual o motivo maior de ser feliz se não pela alegria em si?

É um estado quase de êxtase, onde nos sentimos mais confiantes e bem com o outrem...

Ainda que seja uma coisa boa, é como um músculo, onde se não exercitado, atrofia-se. É muito importante exercer a felicidade em um tempo que, ao mesmo tempo que estamos tão perto uns dos outros, nossos corações se sentem quilômetros e quilômetros distanciados. O descaso entre seres que deviam todos se amar, compreender e abraçar as diferenças, só mostra o quanto o darwinismo tem se equivocado... Podemos ter nossos corpos cada vez mais adaptados ao entorno, mas e o que dizer da alma? Não creio que o homem, tendo o poder de saber que sabe, está no topo da cadeia evolutiva, pois mais me parece que é um animal irracional como todos os outros... Volto a dizer, a felicidade é primazia, quando um indivíduo se encontra feliz, é como se ele irradia-se tal estado para todos, criando um tipo de reação em cadeia.

Mas assim como a felicidade, o ódio, e toda a gama de sentimentos ruins servem para o mesmo; quantas vezes não nos sentimos mal quando alguém se encontra infeliz? Ou ainda, irados quando uma pessoa nos atende *seja de que trabalho for* com desprezo ou desacaso? E fatalmente, tais sentimentos são nutridos por nós mesmos, deixando o dia um pouco mais pior. E aqueles que, vêem na vida motivo para estar constamente infelizes? Os chamados "depressivos"? Que se encontram viciados em tal sentimento (pois sim! O corpo vicia nessas substâncias liberadas muito seguidamente, como pessoas que querem sempre viver a vida de uma forma radical *adrenalina*) e aí que se cria aquele desespero e paradigma de que é impossível sair deste ciclo..

Para levarmos uma vida alegre, não é preciso muito, é só começar pelos pequenos atos, como ouvindo uma música que deixe seu astral lá em cima ou que relaxe ao ponto de ficar bem com você mesmo. As atitudes seguintes para com as outras pessoas também são importantes, quando por exemplo se começa uma briga, tentar não dar bola e ao invés de partir para uma atitude mecânica, seguir em frente; ajudar os outros quando eles precisam com entusiasmo; e até mesmo tentar fazer feliz aquele que se encontra mal! Com essas pequenas coisas, verás que é bom sentir-se bem, e, sempre que puder, levantarás o ânimo lá para cima.

E assim, cá estou eu, cansado, mas fazendo uma das coisas que me deixa mais feliz, e tentando ao mesmo tempo, mostrar a quem quiser, que felicidade não é um estado de Ser tão difícil de se alcançar.


Gabriel


Post original: sujeitoaminhaexistencia.blogspot.com

sábado, 2 de outubro de 2010

northeast strawberry Karametade

Estava tão tristonho quando ela apareceu
Teus olhos, que fascínio, logo estremeceu
Os meus amigos dizem que eu sou demais
Mas é somente ela que me satisfaz
É somente ela que me satisfaz
É somente ela que me satisfaz
Você só colheu o que você plantou
Por isso eles falam que eu sou sonhador
Me diz o que ela significa pra mim
Se ela é um morango aqui do Nordeste
Tú sabes não existe sou cabra da peste
Apesar de colher as batatas da terra
Com essa mulher eu vou até pra guerra
Ai é amor
Ai Ai Ai é amor
É amor
Ai é amor
Ai Ai Ai é amor
É amor
E é somente ela que me satisfaz
é somente ela que me satisfaz
Você só colheu o que você plantou
Por isso eles falam que eu sou sonhador
Me diz o que ela significa pra mim
Se ela é um morango aqui do Nordeste
Tú sabes não existe sou cabra da peste
Apesar de colher as batatas da terra
Com essa mulher eu vou até pra guerra
Ai é amor
Ai Ai Ai é amor
É amor
Me diz o que ela significa pra mim
Se ela é um morango aqui do Nordeste
Tú sabes não existe sou cabra da peste
Apesar de colher as batatas da terra
Com essa mulher eu vou até pra guerra
Ai é amor
Ai Ai Ai é amor
É amor

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pra que serve? (Pessimismo na prática)

Amor existe pra gente chorar
Dinheiro pra gente desperdiçar
Comida pra engordar
Bebida, vomitar
Tempo, voar
Bicicleta, cair
Afinal, a vida existe pra gente morrer.


Arthur Wilkens

Universo, vida e merecimento

Algo gigantesco, feito de dúvidas e teorias. Quantos existem? O nosso tem um fim? Será que buracos negros são passagens para outros universos paralelos ao nosso, ou é apenas algum tipo de reciclagem? Onde quase tudo são esferas e elipses, há uma grande possibilidade de estarmos dentro de uma enorme célula que vem se expandindo. E o que nos intriga mais: como pode haver vida em um lugar tão complexo e hostil? Seres pensantes e que destroem o próprio lar dia após dia. Tudo o que conhecemos em nosso meio tem alguma função que se encaixa perfeitamente com outras. No momento o que vem atrapalhando todo esse processo magnífico somos nós. E se eu fosse o criador disso tudo, iria repensar muito bem sobre o que eu proporcionei para os seres humanos. Será que somos dignos disso tudo? Pensem. Juliane.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Fantasia Noturna

Eu levantava da cama no meio da noite, e cambaleava de pijama pela casa, aos poucos, ia descendo a escada, pé depois pé, com medo de acordar os adormecidos. A porta estava aberta e eu corria para fora, como um escravo que ansiava liberdade. Rondeava por uma praçinha no centro, e procurava alguma viva alma, algum conhecido, um cachorro, um amigo que me oferecesse um cigarro e propusesse alguma filosofia vagabunda, qualquer coisa. Caminhava pela escadaria da igreja, que de noite ficava cor de abóbora.. E que noite fazia, fria e seca, e eu, como um viajante esquizofrênico, a lagartear de pijama pelas ruas. Ao lado da igreja, o imenso colégio, lugar onde estudei desde a minha infância até meses atrás.

Me vi entrar pela porta principal daquela enorme construção. Lá dentro, tudo completamente escuro, mas eu parecia não precisar saber por onde andar, alguma coisa me prendia e mostrava o caminho, algo me controlava como marionete. O silêncio era absoluto, não ouvia meus próprios passos. Olhei para o chão e tudo se explicou, meus pés pairavam a mais ou menos dez centímetros do chão, e eu ía flutuando por corredores e escadas íngremes, pra chegar sabe se lá aonde. Os relógios não me diziam as horas, mas com certeza já era mais de meia-noite. Aquele passeio soturno se extendeu por mais alguns minutos, enquanto por mim passavam portas, quadros, janelas, armários, até que tudo parou.

Me vi congelado na entrada de um enorme salão. Já não sentia mais o silêncio, alguma coisa vinha de longe e susurrava aos meus ouvidos. Por ali, nada eu podia enxergar, até que, aos poucos, pude abrir os meus olhos. Continuava tudo tão escuro e deserto, ainda que agora eu pudesse contemplar as paredes, o palco, a cortina e as cadeiras contornadas pela luz sutíl que entrava pelas janelas lá no alto. Meu corpo voltava à vida terrena, meus pés pisaram em um carpete frio e meus membros ganhavam movimento outra vez. Não precisei de muito tempo para desvendar aquele sussurro, era a mais bela música que eu já havia ouvido. Ela me conduzia ao seu encontro, cada vez mais mais perto, já podia sentir, de fato, as vibrações que me atingiam. Não precisava saber quem estava a tocar, e não podia saber, ali de perto, só podia contemplar uma silhueta corcunda que caía sobre as teclas do piano, desafinadíssimo e com o som abafado.

Era uma melodia identificável encaixada na mais perfeita harmonia que poderia existir, de andamento lentíssimo, e me fazia recordar a vida de anos atrás, das primeiras experiências, dos amores platônicos, dos amigos que ficaram, dos projetos jogados fora. Ah, e como lembrava, aos poucos, ia conduzindo, caía numa exagerada melancolia e eu sabia de onde vinha; tempos de confusão e desentendimentos, de desespero e da necessidade que tínhamos de viver, sem saber o quê e qual era o sentido da vida, dos dias, dos fins de semana que pra um ou outro tornavam-se torturas passageiras... Uma pausa, breve, e o silêncio absoluto volta. Aquela pausa, sem mais nem menos, expressava o momento de agora, deitado naquele palco de madeira, a relembrar e julgar as minhas ações e virtudes do passado. Saiu de mim um pequeno gemido de insatisfação, e aquela melodia esquisita vinha à tona mais uma vez, e dessa vez não me fazia lembrar de tempos passados, e nem expressava o momento, mas aquela melodia me fazia sonhar.

Eu sonhava feito criança. Me imaginava daqui um, dois, três, dez anos. Um provável desiludido, os dogmas de hoje jogados no lixo, ou um sortudo, um reflexo da imagem perfeita que eu criava. E sonhei tanto, encarando o teto pálido do salão, que de maneira alguma pude conter de voltar à infância, em um dia qualquer, naquele mesmo palco, com a mão presa em uma das cortinas. A professora nos dava as instruções para a nossa primeira peça de teatro, "O Mágico de Óz". Torcia para ser sorteado à interpretar um personagem importante. Todos os outros colegas ansiosos, alguns tímidos e medrosos, outros confiantes. Certamente torcia para contracenar com aquela menina adorável. Fiquei com o papel do Homem de Lata, e feliz com isso; depois de contar pra mãe, que caprichou e montou uma fantasia memorável: minhas articulações eram simplesmente fechadas por caixotes de papelão, o que me garantia um movimento duro e desengonçado. No dia da apresentação, não conseguia me abaixar para juntar uma das vassouras no palco, o nervosísmo havia me pegado de jeito. De repente, a música parou de novo. Com a cabeça pesada de tanta memória, questionei a interrupção, levantei do chão e senti uma dor incômoda nas costas. Nesse momento, sobre a banqueta do piano, não havia ninguém.

Talvez já estivesse na hora de voltar pra casa, pensei. Ou talvez não fosse tão necessário, uma piscada e outra, e não havia mais palco, nem colégio, nem música, nem igreja, nem a fantasia incômoda do homem de lata. Havia a cama, as cobertas, o barulho da chuva... era só mais um dia úmido que estava apenas começando.





Arthur Wilkens

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Safadeza Oculta

Sei que é meio viral mas, er, é engraçado demais UHAEUHEA

]

eu odeio a pesquisa eleitoral

Algo que seria completamente DISPENSÁVEL no processo eleitoral é essa pesquisa manjada de IBOPE.
Nós, eleitores, que presamos pela não-manipulação, devemos nos manter fora do alcance dessas influências da mídia!!
Não deixe seu voto influenciar pela pesquisa eleitoral!!

vote em quem sua consciência mandar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sobre o amor e seus filmes

Amar é uma coisa simples, exceto que não é. Todos esperamos sempre por aquela pessoa que as músicas sempre declamam; mas, será que ela existe? Se você chora pelo amor que se perdeu e pensa que nunca vai encontrar ninguém igual "mas não ligo, afinal esse foi o único jeito" vai se lamuriar até morrer decrépito. Só que não vale a pena. O problema não é nem o sofrer, mas sim o fato que você simplesmente fecha seus horizontes, ou melhor, seus olhos lembrando só daquilo que passou. Você se reclusa, isso sim. E pode fazer que você goste de se sentir desse jeito.


Mas ah, então você é um cara diferente, é capaz de amar de novo ou pela primeira vez, só está esperando que a garota dos seus sonhos chegue do seu lado e cantarole: "to die by your side such a heavenly way to die" por escutar, propositadamente The Smiths em alto volume. Não vou nem comentar a insanidade desde pensamento *e suas variantes*. Filmes são feitos para, no final das contas, serem clichês sim! Ainda mais aqueles que falam de amor e como o "destino" o propicia de uma maneira estranha. Mesmo que depois você saia do cinema com o coração inflado e pensando: "Sim, eu sou o cara" sabe que não passa de pura fantasia. Muitas vezes as pessoas especiais estão mais perto do que imagina. E antes que você venha me dizer que isso é frase-de-filme-clichê-para-perdedores devo dizer que, bem é sim, mas não é só isso. A gente é geralmente fadado a ficar com aquela pessoa menos surpreendente, isso por que ela é tão normal à você que ela nem parece grande coisa, mas quando "re-conhece" ela, vai ver que ela pode sim sê-la! A primeira coisa a notar é alguém que te faz sentir feliz, confortável de se estar junto e, principalmente, que você possa ser você mesmo. É essencial. Ostentar aparência para alguém só demonstra que você tem medo que a pessoa não te queira por ser quem verdadeiramente é. O próximo passo é tomar coragem e deixar o coração, er, falar.


Mas ok, caso você a conheceu a pouco tempo mas tem medo de que destrua a amizade mimimi e espera o destino fazer o resto digo: Talvez, quem sabe, O DESTINO JÁ NÃO A TROUXE À VOCÊ? Bem, se isso não for o suficiente para se mover logo recomendo que continue se imaginando com ela ao escutar "Here comes your man" enquanto outro esperto não faz o serviçinho no seu lugar.



Gabriel

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Fuga Cromática

eis uma nova peça que escrevi:
http://www.youtube.com/watch?v=e35KV27FPpU

e para quem quiser ouvir mais ou manter-se por dentro das minhas atuais composições tem o link do meu myspace também: www.myspace.com/arthurwilkens

espero que tenham gostado, beigos

Arthur Wilkens

terça-feira, 7 de setembro de 2010

OVNIS - Teoria


Estava eu pensando sobre as coisas intrigantes da vida, e de repente me veio a seguinte teoria:

Os OVNIS podem ser nós mesmos, vindo de um futuro muito distante, após ter descoberto como viajar no tempo!!!!!!!!!!!!!!!!!!

THAT'S AMAZING

reflitam enquanto eu penso em um maior desenvolvimento para essa teoria INCRÍVEL, bjs


Juliane

sábado, 28 de agosto de 2010

5(cinco) músicas que você NUNCA deveria ouvir!!!1

1. Wage Slaves- All Shall Pesish
2. Reason to Believe- Dashboard Confessional
3. Feint- Epica
4. Conquer All- Behemoth
5. For Begginers- M. Ward

domingo, 22 de agosto de 2010

A tríade básica

Eleições 2010. E agora, em quem votar? Deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente. Um número gigantesco de canditados, e mais dinheiro sendo gasto para mantê-los "tomando conta" do país. Pessoas, que na teoria, estão lá para tomar decisões em nome da população, mas na prática só se importam com o próprio salário. Uma quantia desnecessária, que poderia estar sendo usada em outras áreas deste país, que abrange uma área nem um pouco pequena.
A nação é feita por vários grupos diferentes, e todos querem o básico: saúde, educação e segurança. Sem exceção. Mas hoje em dia, quem faz parte da administração do Brasil não se importa com essa tríade básica. Por que? Porque eles tem isso de sobra. A maioria na capital do país ou do estado, não se importa e não quer uma população inteligente e valorizada, pois quando isso acontecer, vai ficar muito mais difícil conseguir votos em época de eleição.
Esse país é enorme, tendo regiões com características variadas, e essa qualidade está sendo jogada fora. Pois se o governo investisse em cada região, fazendo com que cada uma tivesse um tipo de produção, com saúde e boa educação, para que a mão-de-obra fosse valorizada, a segurança e resto seriam consequência.
Para todo o tipo de problema que o país possui hoje tem uma solução, sendo que a maioria está na educação, que é a base de tudo. Mas existe algum canditado que dá ênfase nesse assunto? Não. Porque é mais fácil manter uma população pobre e desinformada, para satisfazê-la com alguns trocados todo mês. Trocados que vêm dos salários de quem, com muito esforço, estudou e agora trabalha todos os dias, desejando ter segurança na volta para casa.
Juliane

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Asco à flor-da-pele

Brotam de dentro de mim
Toda classe de parasitas
Vermes, tênias e larvas
Por entre minhas carnes podres transitam

O cheiro que exuma do meu cadáver
Prende a atenção de pequenas aves
Gulosas, com suas línguas salivando
Vem à mim de mansinho
Desejando de início só um pedaçinho

Quando meus olhos pútridos vazam
Não pelos vermes que me assediavam
Mas por consequência de certas garras finas
Pressinto eu um leve sangramento
Ao romperem com ardor minha vistosa retina

E ao que suas bocas imundas se cansam
De tão delicioso banquete,
Deixam espalhadas manchando, veja só!
As minhas tripas no tapete!

-g

Liquid thoughts

Chuva, chove imponente Lavando nossas dores Enquanto umidece nossos olhos Com a mais fresca gota Chuva, muitas vezes ácida Segue com seu temperamento forte Pois pode virar tempestade Com a mais simples mudança de humor Vou me afogando em ti, chuva Ao passo que as palavras transbordam Sentimentos úmidos e escuros Vindos do meu fundo do posso Suas últimas gotas de raiva Desprendem-se com força nos corpos Que agora boiam à deriva de sua própria obra Chova chuva, chova até cansar. -g

domingo, 25 de julho de 2010

Conheça o Rand


"O Rand é a moeda oficial e corrente atualmente na Africa do Sul. O rand também é usado oficialmente no Lesoto e na Namíbia. Circula livremente também, embora de forma não oficial, na Suazilândia e no Zimbábue.

O nome Rand deriva da palavra "Witwatersrand" que é uma abreviação de “White-waters-ridge”, cuja tradução literal é Montanha das Águas Brancas. Esta é a montanha na qual a cidade de Johannesburgo foi edificada. No passado, esta montanha era uma importante jazida de extração de ouro.
O símbolo do rand é a letra R (maiúscula). Apresenta notas de 10, 20, 50, 100 e 200 Randes. As moedas, simbolizadas pela letra c (minúscula) no caso dos centavos, são apresentadas em 1, 2, 5, 10, 20, 50 centavos (1 Rand é dividido em 100 centavos). Também há moedas de 1, 2 e 5 randes.

Criação do Rand
O Rand foi criado no ano de 1961, ano da criação da República da África do Sul. O Rand substituiu o Peso sul-africano.
"

Fonte: suapesquisa

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Momento de Alva Alegria

Era mais uma tarde de inverno rigorosa. O frio dançava com a chuva lá fora, enquanto num canto do meu quarto tentava fazer o dever. Por mais que eu me abrigasse, era como se o maléfico ar que respirava congelasse minhas entranhas, deixando-me inerte e incapaz de tornar o que lia em algo claro e coeso. O barulho da cadeira que gemia sinalizava minha impaciência, tão intensa que eu agora sofria de uma tremenda enxaqueca. O remédio era ao mesmo tempo deixar o quarto como também uma pílula sobre a mesa da cozinha. Ao ver tamanha bagunça e nenhum copo limpo, me pus a lavar a louça, ao passo que minhas mãos eram acalentadas pela água morna. Sem interesse algum, contemplava pela janela a cidade que eu me encontrava. Fétida. Esquecida. Tediante. Mas ainda sim cidade que prosperei parte da minha vida. A ingratidão que sentia misturava-se à solidão que, por ser diferente, consumia-me por não ser daqui. O gozo sentido pela água cada vez mais quente lavava tais pensamentos de mim. Afinal, eram só mais alguns meses até dizer Adeus àquela cidadezinha. E, para quem esperou quase uma vida toda, isso não era nada.
Quando a torneira foi parada para secar a louça, percebi algo estranho: aparentemente, caía algum tipo de poeira, talvez cinzas, do apartamento de cima. Com uma curiosidade movida pela inércia do momento, empurrei a janela de maneira que se abrisse. O engraçado, todavia, não era a clareza da poeira, mas sim sua frescura. Com um olhar mais apurado sobre aquela estranha substância, percebi que ela derretia. A partir disso, era como se um motor velho fosse depois de muito tempo, acionado. O calor que sentia por dentro nada tinha a ver com a água que antes esquentara minhas mãos. Faíscas de prazer cintilavam nos meus olhos. Era o sentimento do novo, a excitação que quebra nossas rotinas, assim como um parente muito querido que bate à porta, fazendo uma calorosa e inesperada visita.

No andar de cima, Matias não via a hora de terminar de esvaziar o modesto freezer daquela antiga geladeira. Era tão velha quanto difícil de tirar os cubos de gelo, que quando removidos à força criavam uma consideravel camada de gelo fino, e, se não limpa, cairia no chão podendo até causar algum acidente. O copo de whisky jazia sobre a mesa com seus dois cubos, quebrando a uniformidade do vermelho alaranjado, assim como sinalizando que a bebida estava pronta para aquecer quem, naquela rigorosa tarde de inverno, a bebesse.



-gabriel

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Prosa Noturna

Mais um tempo se passa. Desses que voltam uma vez lá que outra... A tarde era fria, sem muito barulho pra incomodar. O sol, o jardim, o quarto, a sala, o piano, as partituras, a casa. Uma tarde digna de férias bem aproveitadas. A noite cai e me traz um presente, o silêncio absoluto. Nessa tal serenidade onde se pode perceber as minuciosidades da vida, o cérebro daqueles acanhados que não saíram pra rua acendem como um lampião. Quem me ouve? Quem me questiona? Apenas minha própria essência. E mais ou menos no meio da madrugada o sono interrompe um filme na TV. Desligo as luzes, subo as escadas, entro no quarto e fecho a porta. Ali, de uma fresta na janela me atinge uma luz laranja. Vem lá do poste. Resolvo ir na sacada. De meia no chão, meus pés esfriam, mas era bom sentir aquela atmosfera noturna... Foi quando tive os olhos fisgados a distância. Alguém caminhava próximo à faixa, sem direção, com passinhos pesados. E tinha a cabeça coberta. O que fazia? Um sujeito estagnado no asfalto. E iluminado pelos postes, no meio do escuro, como a chama de uma vela. Nunca fui de ver assombração, mas o indivíduo ali isolado me fez contemplar a cena por uns trinta segundos, quando um carro parou em sua frente sem fazer ruído algum. Não se moveu; uma porta do veículo se abriu, enquanto eu esperava ter mais um personagem em cena. O sujeito mancou até o carro e entrou, fechou a porta e o carro partiu para fora do meu campo de vista.


Arthur Wilkens

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Copa do Mundo

Gol!
Que acendam centelhas divinas
Ímpares, perpetuando floreios aos olhos de quem vê
Exalando perfumes tão tenros
Em atmosfera de óde à pátria amada!

Contemplem a união fraterna das nações
Em nome de buscas heroicas impossíveis
Enquanto cada povo proclama em alto tom:
''Eis nossos laços de virtude!
Apresentamos ao universo nossos guerreiros de ferro
Em seus postos pela gigante batalha da paz.''

Falta!
Soam as infernais cornetas desamparadas
Do sopro enganado de cidadãos traídos!
Por onde se esconde o juíz nacional?
Cobrindo a miséria dos outros
Criando visões superficiais da própria imagem

Lá se vai nosso pão e vinho tinto!
Lá se vai...
A esperança de quem veste amarelo
Às custas da vitória do próprio país.



Arthur Wilkens

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mike Lu e Og!


Essa ilha deve ser no sul;
Linda ilha sobre mar azul

Essa ilha deve ser no sul (OÓH)
Linda ilha sobre mar azul...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

#2

Obs: Recomendo ouvir essa música enquanto lêem:

Seu nome ele achava engraçado. Na escola era motivo de chacota:"Onde está Julieta, ó Romeu?" Riam-se seus amigos. Ele bem sabia que era uma brincadeira, mas estranhamente saia desamparado: "onde está a Julieta?" pensava. Nunca sentira amor, por isso desconfiava da existência do mesmo. Aí que certo dia, Romeu bateu seus olhos em alguém. Sorriso aberto, olhos claros como o céu e a sensação de uma tremenda paz quando perto. Romeu criou uma grande amizade com essa pessoa, até que certo dia aconteceu: enamoraram-se. O problema? Só o nome: Miguel. Sim, Romeu achara sua paixão, não numa doce mulher, mas sim num igual: um homem. A reprovação foi intensa: amigos, família, Romeu parecia agora personagem de uma digna tragédia. O pior, era que após o ato final, a peça de fato não foi de agradoaos pais de Miguel, que de romancistas nada tinham. O dia era chuvoso. Tão úmido quanto a facede Romeu, que sentia também uma tempestade por dentro, A despedida seria rápida, "não quero ninguém pensando que meu filho é... diferente." assim dizia a mãe de Miguel. O pior era que, além de não querer ir, seus pais estavam demorando para chegar. Decidiu-se: iria à pé se necessário. Com a capa de chuva na cabeça, seguiu seu rumo contra a chuva cada vez mais rápido: apertava o passo. "Eles precisam estar lá ainda" era o que dizia a si mesmo. Quando chegou no local, ou melhor, antes de chegar, notou algo estranho; uma ambulância lá havia. Um carro batido, que logo reconheceu como seu. Correu ao encontro, e tirando seu sufoco, lá estavam seus pais. "Chorando? Está tudo bem agora" disse enquanto dava um forte abraço nos dois. Aí que, pela cara da sua mãe (e não era seus cabelos curtos com algum sangue que o encomodava) percebeu que algo não ia bem. Atrás dela, sinalizara outro carro, quase que irreconhecível, tamanho o estrago. "Mamãe? Estas pessoas se feriram muito?"em troca, apenas soluços. Foi correndo até o carro, enquanto egoísta, pensava: "Não creio que não cheguei a..." E lá estava; mesmos olhos azuis como espelhos do céu e sob uma paz quase divina. O irônico era o sorriso torto que mal pode se abrir quando viu quem chegava. A cena pareceu durar horas, não, décadas, e o movimento final dos lábios foi claro, afiado e sem som ao mesmo tempo: "Aqui estou eu, Romeu".

-01

-

6:30 da manhã. O despertador toca. Mais uma noite sem dormir o suficiente para um longo dia de trabalho. Ele levanta, sua cabeça está pesada. Ele sempre gostou de cachorros, mas às vezes eles latem demais. Não tem coragem de reclamar para o seu vizinho, um viúvo simpático que sempre o ajuda quando precisa, e Tobias, o motivo de suas profundas olheiras, é a única companhia daquele senhor.
E ele prepara o seu café com torradas, termina de comer e vai para o trabalho. Um escritório movimentado no centro da cidade. Na hora do almoço se encontra com a namorada, que o trata muito bem, mas é um pouco exagerada em todo o tipo de sentimento que tenta expressar.
Ela, preocupada, pergunta o que está acontecendo com ele, apesar de desconfiar o motivo. Ela nunca gostou de cachorros, e todos os dias, dá colheradas de iogurte para os seus três gatos: Clóvis, Alberto e Pandora. Ele não gosta de reclamar, principalmente para ela. Por algum motivo ele sente um calafrio quando faz isso.
O resto da tarde foi uma cópia de sua manhã, além de sentir mais sono. Na janta, come macarrão instantâneo e toma o resto de uma Coca. E por algum milagre, dorme a noite inteira, sem nenhuma perturbação. E as outras noites também.
No sábado, encontra o seu vizinho na rua e vai comprimentá-lo. Mas ele não parece muito bem. Então ele conta com muita tristeza: há três noites atrás encontrou Tobias morto, e o ferimento na sua cabeça dava a entender que alguém o tinha pisado com um sapato de salto agulha.

domingo, 27 de junho de 2010

Antes que eu (mundo) termine.

Sou uma farça.
Nada mais que um reles inseto

Inquieto, que gira

Sempre ao redor da luz


Vivendo situações repetidas

Vestindo repetidamente

Roupas que encubram

Minhas próprias mentiras.


Quero, posso, não consigo

Mudar. Será?

Vejo agora no horizonte

Uma luz diferente


Que me faz esquecer

Os poucos pedaços

Úmidos e vazios

Que ainda restam tapar


Sinto que, aos poucos

A luz vai me transformando

Sim! Começa a ofuscar

A mim próprio


Consumindo-me até que

Só reste mais

Uma continuação

Disso que chama-se paz.



gabriel

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O que torna belo o belo?

Tendo a beleza como tudo aquilo que é admirado através dos sentidos do homem, o maior questionamento sobre o assunto cai na seguinte questão: a beleza é denominada por fatores biológicos ou culturais? A resposta pode parecer simples: a beleza do nosso cotidiano é quase totalmente denominada pela cultura adquirida durante a nossa existência. Mas nem sempre foi assim. Na aurora da existência humana, no período pré-histórico, fatores instintivos deviam determinar o que era belo. Não existiam muitos meios de comunicação pelos quais a natureza era expressa. Por qual razão o pôr-do-sol, ou a lua cheia exalam beleza a quem vê?
A beleza primordial pode estar associada ao instinto de sobrevivência, presente em qualquer forma de vida. Nada é belo e nada é feio se adotarmos uma visão indiferente para com a vida. Sentimos medo do escuro na infância pelo temor ao inesperado, ao desconhecido, à própria morte. Quando uma luz acende, tudo fica claro e seguro, e assim, criamos nossa ideia simbólica de vida (luz, segurança, visibilidade, equilíbrio) e de morte (escuridão, insegurança, cegueira, instabilidade). O mesmo acontece ao contemplarmos as estrelas no céu noturno.
Outro fator biológico é o reconhecimento de simetria como denominador da beleza. Não existem seres vivos que não são simétricos por natureza. Logo, um círculo perfeito e iluminado (como a Lua) em meio à escuridão, é símbolo de perfeita beleza biológica.
Sendo assim, a beleza cultural dos tempos modernos vem da beleza biológica de todas as coisas. Quanto à beleza artística, percebemos, entretanto, outro tipo de ideia que começou a se manifestar popularmente a partir do século XIX e geraram novos conceitos de beleza. A harmonia e a simetria passaram a ser questionadas por artistas como Pablo Picasso. O cubismo de Picasso nem por isso deixava de ser belo. Percebemos então uma contradição à beleza biológica, gerada por fatores culturais e do desenvolvimento intelectual do homem, provocado pela ''quebra'' do padrão e dos conceitos clássicos de beleza.
Sobre tais aspectos, podemos chegar a conclusão de que a beleza como conhecemos é uma mistura cultural e biológica das características presentes. Em cima dessa análise, é provável que o conceito de beleza possa ser considerado instável; quanto mais o tempo passa, mais cultural e subjetiva passa a ser a beleza.



Uma obra de Pablo Picasso representando o conceito não-clássico - ''cultural'' de beleza ao lado de uma obra de Leonardo Da Vinci representando o conceito clássico - ''biológico''.

Arthur Wilkens

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Rascunho #1

E aqui estou eu. Sentado sob uma cadeira que grita, Gritando tão alto como uma pobre velha Que ao sentir o odor mortal do destino Se vê engasgada em seus próprios lamúrios. O que a vida é? Durante toda nossa existência Nunca nos sentimos satisfeitos Seja uma vez apenas Em nos contentar com uma resposta, Sempre buscamos e creemos encontrá-la Em todos diferentes momentos que "somos". Talvez a vida não seja uma pequena prosa, Feliz, com seu início, meio e fim delimitados Seja ela beirando à um byronismo insuportável Ou ainda sonsa e mesquinha, querendo fugir dos fatos Tanto para sentir, Tanto para ver, Ainda sim, Tão pouco tempo, Ó Deus? Quiçás toda vida fosse Como uma pequena borboleta, Pequena, entusiasmada e divertida Sem preocupação onde termina, Mas sempre aproveitando cada instante And living with no regret. gabri=el

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Conto n.1

Na noite fria e calada, dos restos miúdos sobre a sarjeta, surgia um inseto magrelo, escravo da ausência de tudo, senão do instinto de permanecer vivo. Bicho de vida curta, e regado, ainda assim, pela esperança ao nada e ao ninguém. Esmagado fora o pobre, pela sola da moça do cotidiano efervescente, do casaco de couro, colar de rubí, dos dentes de marfim. Passos rápidos e firmes, postura clara e objetiva, andava a moça cortando a escuridão. Por dentro, nada além da verdade sobre si. Iludida, precária, miserável, jogada do trono, cuspida do mundo, e o caminhar sobre caminhos distintos. Parou no portão de um sobrado de jardim horrendo, tocou a sineta e aguardou. - ''Quem é a moça?'' , ''Vim para a festa!'' -. O casebre a recebeu, o velho sedentário a conduziu por escadas e viram-se postos em um hall aquecido pelo fogo da lareira. Cortinas precárias dançavam aos estalos da madeira, e no palco de um sofá esburacado deu-se toda a festa. E como carnal se fez a cena, das roupas da moça atiradas no fogo pelo velho, sem ela ter notado. Ele se esgueirava do rosto da moça para conter o olhar de ironia, e deitou a cabeça sobre o encosto do sofá, confortou-se, junto ao incasável luto da parceira pela sua satisfação. Adormeceu um tempo depois, sendo interrompido pela previsível esteria da madame agarrando-o pelo braço. - ''O que fizestes com minhas roupas?!'', ''Juro que não foi de minha intenção, elas caíram no fogo e não pude mais nada fazer.'' ''Deverá me pagar em dobro!'', ''É isso mesmo que queres? Ser paga em dobro por eu ter, acidentalmente, derrubado tuas roupas no fogo da lareira?'', ''E não seria digno? Ou espera que eu daqui, saia nua pelas ruas da cidade, para todos verem meu corpo?'', ''Confesso que isso não difere muito dos teus serviços.'', ''Velho imundo! Se não me pagar em dobro nesse exato momento, te ponho numa fria.'', ''Não precisamos criar problemas, venha até aqui comigo...'', ''Estou nua.'', ''Ora, não tem problema, o dinheiro é o mais importante, depois lhe consigo algum trapo para vestir'' -. Desceram as escadas e ele a conduziu a uma saleta próxima a porta de entrada do sobrado. No interior da pequena sala, descansava um cofre imenso. O velho o abriu e retirou alguns trocados. - ''Aí está, o seu pagamento.'' - A moça recebeu as notas e envergou a expressão. - ''Aqui não tem um terço.'', ''Vejamos, tome mais essas.'', ''Maldito, ainda falta o dobro.'', ''Claro, o dobro... eu já ia me esquecendo, vejamos...''. - Movimentou-se por trás do cofre e o empurrou rispidamente em direção a parede, que concedeu uma chuva de cupins na cabeça de ambos. O velho repetiu o movimento e dezenas de bolos de dinheiro caíram pelo chão. A moça, ainda nua, ajoelhou-se desesperadamente e passou a mão na maior quantidade possível. Carregando a fortuna como uma criança no berço de seus braços, esvaiu-se da saleta e chutou a porta de entrada, que não abriu. - ''Aonde está indo com o meu dinheiro? Fedelha inconfiável.'' -. O bravo suspiro do dono do sobrado amedrontou a moça, ele mancava apressadamente em sua direção, com o ódio no rosto, a bengala apontada como ameaça certeira. Correu em direção a janela o corpo belo e curvado da moça, pálido, banhou-se de desespero e resvalou no assoalho, provocando um baque que estremeceu as paredes, que jorraram cupim pela última vez. - ''Um velho depressivo em sua própria casa já não vale mais nada, veja bem... vamos ver quem é quem causa a maior notícia!'' -. Caiu sobre o corpo da jovem e a prendeu ao chão pelo pescoço. Encarou-a com os olhos fervendo, desfez o berço dos bolos de dinheiro e tomou posse de um deles. O grito de desespero da vítima ecoou pelo hall, a sua boca aberta como um poço. - ''Morre, mas engole o que estava querendo antes.'' - Possuído do bolo de dinheiro, o velho fez força para introduzi-lo pela garganta da prostituta, que já não produzia mais berro algum. Os olhos esbugalhados, os dentes cravados no dinheiro que sobrava pra fora da boca, um silêncio repentino e a morte fora anunciada. O assassino permaneceu intacto, satisfeito por um momento. Arrastou o cadáver empoeirado até a cozinha, portou a lâmina mais afiada e dela se fez cadáver parceiro, deitado sobre a vítima, o coração apunhalado, o mar de sangue, reinando o assoalho que jamais fora lavado.


Arthur Wilkens