Vniversale descrittione di tvtta la terra conoscivta fin qvi

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Hora de Escrever

Hora de escrever. O corpo amortecido pela cadeira, a nuca então repousa sobre o encosto e ele fixa o olhar no teto. Um mosquito, dois, mais ao lado, um pequeno lustre, quatro lâmpadas, uma queimada; então são três. Fecha os olhos rapidamente e cai em escuridão. As três lâmpadas continuam lá, menos brilhantes, elas dançam sobre um colorido inexplicável. Não as quer ver, aperta os olhos, a escuridão não existe mais. São luzes, ele pensa, de onde vem? São pequenas luzinhas, como estrelas congeladas pelo universo, e ele abre os olhos. São quatro, quatro lâmpadas, mas uma está apagada. Agora ele descansa os braços estendidos que seguravam a caneta, os solta sobre a barriga, observa, cruza, arregaça a manga do pijama listrado. Alguma ideia há de vir, qualquer coisa que não seja o conto que ele nunca consegue por no papel. Qualquer coisa, ele pensa, segura a caneta e a aponta em direção a qualquer lugar: o relógio. Não, tenta mais uma vez: a garrafa de azeite. Péssimo, agora tem de dar certo: a janela. Ele olha, olha, e nada vê, mas sabe que deve haver alguma coisa. Ele se concentra, "vamos", a caneta. Hora de escrever.


Arthur Wilkens

2 comentários:

Maquinhos disse...

legau q tu n screveu nda aushasuhuashsuah

Juliane Santos disse...

cara............. não merecia um comentário desses.
ta escrevendo que nem gente grande ein wilkens