Trensurb. Lembro-me de quando era pequeno e pela primeira vez (ou ao que minha memória permite recordar) andei de trem em poa. Foi com meus avós, e lembro que estava super animado ao ver pelas janelas sujas de um trem atrolado de gente os trilhos e as pessoas que seguiam seu rumo caminhando com pressa. É (apesar de talvez não fazer nenhum tipo de alusão a isso) uma das melhores recordações com meus queridos avós.
Fragmento 2
Por que será que as pessoas tem necessidade de dizer "saúde", "Deus te abençoe" - que palavra escrita estranha! ergh - dentre outras expressões quando tossimos e/ou bocejamos? Desde cedo nunca havia me familiarizado com esse dito mecanizado, sempre estranhei que ao tossir, e mais ainda bocejar, dissessem tais confortos. Ora, tossir é algo tão normal, não? O mais intrigante foi, em certa ocasião, estar numa fila e uma pessoa que não me conhecia tossira, e ao me ver não dizer nada exclamou com a maior descontração: "Nem 'saúde' me deste!".
Fragmento 3
Seria clichê demais adicionar mais algum comentário ou coisa similar aos dois anteriores só para completar a ansiada tríade, mas que ainda essa semana soube algo acerca: meu professor de História, comentou que o número "3" é visualizado (ainda que no inconsciente coletivo) como um número divino e representante da estabilidade, e ser esse um dos motivos para que principalmente na política, dentre outros ramos, organiza-se as hierarquias ou a síntese das mesmas sob essa disposição (Regência trina, Poder legislativo, judiciário e executivo, etc), fato no mínimo curioso.
Gabriel
12 comentários:
na mitologia também tem essa coisa do 3, os deuses mais poderosos são zeus, poseidon e hades; o nivel mais alto na maçonaria é 33, acho que deve ter algo a ver tb
é, existem mais coisas do que se pensa ao redor do 3.
na música, o compasso em 3 simboliza uma certa perfeição rítmica, uma fluência, como um ciclo, "1, 2, 3, 1, 2, 3, 1, 2, 3, 1, 2, 3," tendo o acento sempre no primeiro tempo. essa sensação límpida de pulso não se destaca nos compassos divididos em 2 ou 4.
Se bem que eu considero o número 8 muito superior ao 3 (ele simboliza o infinito em muitas religiões e cultos pagãos) brinks.
Agente pode até fazer analogias sobre como os outros números tem um quê de misticismo: número 1 simboliza o Uno, Deus etc; 2 é dos pólos contrários, base da religião taoísta; 7 tem a ver com cultos que sobreviveram a idade média (wicca) como de alguns ainda atuais (rosa-cruz, maçonaria dentre outras seitas) e há aqueles que defendem o 9 ser o símbolo da perfeição, do super-homem, onde na natureza se manifestaria através do phi (a proporção divina)...
Outro exemplo do 3 na maçonaria é a assinatura da maioria dos membros, onde eles após colocarem seus nomes completam com " .'. "; Podemos supor que faça alusão à uma piramide, enfim, pode se inferir uma série de suposições.
pois é, a pirâmide não é o polígono mais importante na geometria? 3 lados e tal; já o número 7 que o gabriel falou, também é um número bíblico, é o número da perfeição.. por isso o 6 é número da "besta".. crazy stuff ein
e o 666 são 3 vezes o 6, a besta perfeita! OMFG!
O número 4 também é do mal! o Imperador de roma NERO tinha 4 letras entre outras coisitas mais que não me lembro agora relacionadas aos Hebreus, os 40 dias de exílio... alguma coisa assim... e também me surgiu a lembrança de que a palavra ENEM tem 4 letras kk
40 anos nos deserto indo pra terra prometida, depois de fugirem do egito .. se eu não me engano é 40, não tenho certeza
quartenário inferior
É uma leitura obrigatória sobre números o capítulo Numbers de Understanding Media por Marshall McLuhan. Não me aterei aos pormenores já lá mencionados, nem os repetirei aqui. Irei seguir a tendência dos comentários em analisar os significados dos dígitos 0, 1, 2, 3 e 4.
Therefore, since brevity is the soul of wit, And tediousness the limbs and outward flourishes, I will be brief:
Contesto a idéia do infinito estar presente em religiões pagãs ancestrais. Antes do zero e do um existe o rio de mercúrio que passa pelo meio do taijitu, que não está no campo da quantidade nem no campo da não-quantidade. É o Ein Sof, o Tao, mas não confundamos ele com o infinito : McLuhan já nos disse que o infinito é uma invenção da mídia de Gutenberg, possibilitada pela repetição indefinida de caracteres uniformes. Assim , não nos estranha que Giordano esteja presente no momento do "Ceci tuera cela" de Notre Dame.
Hoje o infinito dos cálculos diferenciais dá lugar a linguagem binária de Leibniz e à matemática de Von Neumann, resgatada no I Ching pré-histórico para uma era digital que resgata os mesmos modos de percepção da China antes da dinastia Chou, aquele de Fabiano em Vidas Secas quando diz : "Haviam uma, duas, três, quatro, cinco... haviam várias estrelas no céu." Novamente afirmamos o ciclo, o commodius vicus da humanidade.
Também contesto a idéia de implicar o 2 como base do taoísmo. Mais precisamente, com base no capítulo 42 do Tao Te Ching.
The Tao begot one.
One begot two.
Two begot three.
And three begot the ten thousand things.
( perceba que o ideograma "ten thousand" em chinês denota quantidade grande e indefinida - mas nunca infinita , como nunca é demais frisar. )
O dois não aparece aqui como base do taoísmo, e nem como a base do taijitu :
The ten thousand things carry yin and embrace yang.
They achieve harmony by combining these forces.
O 3 é a trindade na religião católica, mas ele nunca denota estabilidade ou perfeição em qualquer outro lugar. Ele é Hecate, a deusa grega de três faces, guardiã da bruxaria e das maldições. Ele também é as três bruxas de Macbeth, e os três reis magos, e as três irmãs medusas. Na gematria, o número três equivale a letra Gimel : e Gimel deriva do símbolo proto-canaanita para a primeira das armas. No desenvolvimento da mente humana, o Gimel é a primeira das agressões. No curso de nossa história, ele é a primeira vez que o homem se impôs à natureza e adotou o carnivorismo. O seu aminoácido emblemático é a isoleucina. Para McLuhan, a violência ocorre quando se está perdido entre duas mídias. Nesse sentido, o 3 é a primeira das transições entre desequilíbrios ( pois há equilíbrio apenas no Uno, ou no zero ) : a transição entre o 2 e o 4.
O 4 é o número de bases nitrogenadas no DNA, o número de quadrantes no Leary Interpersonal Grid, o número de santos no Book of Kells , a McLuhan Tetrad . Enfim, o 4 é o número de elementos básicos a partir do qual o mundo se forma : no I Ching, o número de digramas, 00 - 01 - 10 - 11.
O cansaço e minha afirmação inicial me impedem que eu vá para o 5 e em diante ; só lhes digo que ele está ausente na F.O.D do I Ching como percebeu McKenna, e peço uma atenção especial para os números 11 , 27 e 64. ( E para os bem humorados, 42. )
Saudações,
John Keys - The Ursprachist - Shaman Kingston
93,93/93
Quem é isso? .-.
porém, tenho certeza de que o 4 representa sim um componente do mal... Tanto é que no gnosticismo não se pode fazer uma "cadeia de energia" com 4 participantes, acho que isso tem a ver com os 4 corpos do pecado (físico, vital, astral e mental)
Hm, interessante seu ponto Shaman King; apesar de você sido um tanto confuso e pouco claro ao argumentar, o fato de trazer algum respaldo bibliográfico e consequentemente enriquecedor ao debate.
Nathix, a gnose é só um dos lugares que considera o 4 como um número "inferior", e provavelmente deve haver um porquê mais profundo do que a hierarquia do Eidolon, não esqueça que SAW usava muito de seus argumentos em escolas teosóficas e outras ordens que também participara.
Shaman, procure se informar que o 3, apesar de você ter mostrado um aspecto negativo utilizado pelo mesmo, é mais usado como algo que denota estabilidade sim ao curso da história
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