Primavera está nas pessoas que recém conhecemos, mas já sentimos certa afinidade, é quando floresce essa bela flor e admiramos sua peculiaridade, por não conhece-la, surpreendendo-nos com cada detalhe descoberto.
Os amigos que conhecemos há anos e depositamos neles muita confiança e afeto, dizemos estarem no auge, são amigos-verão, que por mais rotineiros que sejam não nos cansamos deles, e sua presença é como um pequeno sol que nos traz alegria.
Porém, nem todos conservam grandes amizades. Existem obstáculos como o tempo e a distância que fazem com que tanto as flores como os sóis percam parte de seu fascínio, como a árvore que lentamente vai perdendo as flores e suas folhas caem secas e mortas no chão. São estas as pessoas que quando temos contato falamos de marcar algo, de sair quando houver a ocasião, e que como a árvore que mantêm-se de pé (ainda que na ponta só restem galhos) igual é o relacionamento.
Triste são os momentos de inverno numa amizade, que podem ser terrivelmente longos ou felizmente curtos. Esta estação é quando brigamos, ocorrem desentendimentos e o contato é cortado, às vezes para sempre.
O importante é ter em mente que todos os momentos das amizades estão sujeitos à mudanças, como no clima, por vezes inesperadas. Seja querendo sempre o sol forte ou não vendo esperanças diante à neve, a amizade é um ciclo, em que cada etapa precisamos aprender a lidar com as adversidades, tentando conservar sempre o assombro da primavera e o calor do verão.
Gabriel
4 comentários:
que bonitinho, gostei
Pura poesia em prosa :D
Não sabia que o gaúcho era um poeta. Ficou bonito mesmo, Gabriel. As meninas tem toda a razão.
good work
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