Vivo em uma prisão
Minha casa me limita,
Meu bairro me condena,
E para melhor estar
Minha mente me enlouquece.
Difícil fantasiar a vida alheia
Pela viseira que consome
Junto a minha visão míope
Qualquer divagação
Que minha imaginação poderia me provocar
O que minha mente se incumbe
É de ser contra meus impulsos primários
E a retórica que ela aplica
É sobre si mesma.
Nenhum cárcere deseja
Que seu prisioneiro se sinta livre
Ele quer passarinhos enjaulados
Por uma prisão feita de cultura e ossos
Mas em mim, percebam
Tento escapar em seus subterfúgios
Nos mínimos e possíveis pormenores
Lingüísticos que seja, mas possíveis
Luto como um gênio preso
Com garra e contra garra
Dessa tirana prisão
Em minha própria essência enfrascada.
5 comentários:
apesar de não estar assinado, acho que é o Gabriel.
dois motivos:
1)"minha visão míope"
2)alguns termos/idéias estão em 'chaves'
Suas convicções são cárceres.
a, agora eu vi que ele assinou, é que não aparecia aqui o branco no branco auishauihs .-.
Me parece um desabafo de um morador da periferia que curte um pouco de cultura.
hahehauehaueua. boa
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