Ele estranhou, e perguntou onde ela iria querer ir, com uma certa malícia na voz. "Aonde você achar mais agradável" ela falou enquanto lixava as unhas, sem dar bola às aparentes vontades do namorado. "Beleza, vamos dar uma volta por aí." ele falou um tanto decepcionado.
O carro andava rápido na auto-estrada, a paisagem mudara consideravelmente e o sol estava quase omitido pelo horizonte. "Você me ama?" perguntou o namorado de repente. Ela olhou surpreso para a cara de expectativa do garoto, estudou seu semblante que a mesma achava adorável e belo e, após uma breve pausa, concluiu: "claro" e sorriu, um dos seus mais falsos sorrisos, mas que a garota nem sabia distinguir mais entre encenação e honestidade. Enquanto eles andavam, a garota com sua mão repousada na perna do namorado, ele começou a ficar mais tenso, e ela pensou que ele talvez estivesse excitado ou algo do gênero. "Aqui", ele falou olhando para sua direita, mirando algum lugar de um bosque que ela desconhecia. Ela compreendeu que a tensão era por ele a levar em algum lugar desconhecido, pois sabia que a jovem detestava lugares onde não pudesse fazer compras.
"O que você acha de fazermos uma trilha?" ele falou baixo no seu ouvido enquanto o beijava com delicadeza. "Bem, desde que você conheça o caminho," ela ponderou. "Claro, minha vida, não te levaria em um local desconhecido" e dera uma boa risada, acentuando sua jovialidade e seus traços, o que a fez rir também. A garota só preocupava-se em não sujar os cabelos, pois detestaria ter que ir ao salão no dia seguinte, e se mostrou um pouco ranzinza por isso; "Relaxe, amor, o lugar é bem aberto" ele falou enquanto testava sua lanterna e colocava as chaves no bolso. Ao ingressarem na mata, a jovem percebeu que haviam muitos ruídos estranhos, o que a deixou um tanto insegura. "Tem certeza que é tudo ok?" ela falou sem olhar o garoto. "Sim! Vamos indo que quero te mostrar uma coisa". E assim foram andando, durante uns 20 minutos, até que a garota irritara-se: "Poxa! Não vamos chegar nunca? Não suporto mais esse mato, meus pés estão doendo, estou me coçando pelos mosquitos, logo vou desistir se não houver nada próximo!" sua voz irritada deixou o garoto um pouco preocupado, que a abraçou e disse "calma, estamos quase lá, prometo que você vai gostar" sua voz a reconfortou um pouco, e o toque de seu corpo contra o dela a deixara um pouco corada, assim como o perfume que exalava da sua pele, despertando um certo apetite na garota. "Ok, vamos lá, mas já sabe, se não houver nada de mais não durmo com você hoje" falou com uma voz trêmula. Ele dera um risinho como se soubesse o que a jovem estava realmente pensando, e ao olhar para a mesma com uma certa volúpia disse: "Tudo bem, pode deixar.".
Ao seguirem passo, a garota fora abrir a boca para reclamar novamente, entretanto a fechara, pois eles agora estavam diante uma grande clareira, com uma cachoeira mais ao fundo. A lua iluminava harmoniosamente, como se alguém tivesse feito cortes estratégicos nas árvores para que um peculiar prateado batesse tanto nas águas como nas flores que cercavam a clareira. "Não é a coisa mais bonita que você já viu?" perguntou o garoto sem mais nenhum tom de suspense na voz, e sim com uma cara de vencedor.
"Nunca imaginaria um lugar tão belo" ela falou de fato surpresa, pois algo dentro do seu peito remexera-se, como uma coisa que ela há muito houvera perdido tivesse retornado ao seu coração. "Que tal darmos um mergulho?" o garoto falou radiante, estendendo a mão a rapariga. "Não sei, talvez não seja meio perigoso? Digo, é noite e..." porém ela nem se deu ao trabalho de forçar um tom convincente, e quando o jovem percebeu, exclamou: "Quem chegar por último é mulher do Padre!" enquanto se despia no caminho. "Só se você for a menininha dele!" retorquiu surpresa com a própria atitude, e disparou fazendo o mesmo. Quando os dois atiraram-se, a água estava um pouco gelada, mas era tão cristalina que o efeito do luar sob a superfície a fizera esquecer disso. Enquanto brincavam feito crianças, a garota fez algo que notoriamente tinha a muito tempo parado de fazer: sentir-se realmente bem consigo mesma e tendo em sua mente o momento atual, sem divagações sobre inutilidades diversas. E bem, o contentamento que ela sentia não assemelhava-se nem de longe ao comprar ou ir a uma festa, e era tão real e tangível que ela seguramente poderia desfrutar daquilo para sempre.
Gabriel
15 comentários:
Gostei! Bem criativo!
achei que ele ia matar ela na floresta, ando muito otimista ultimamente
gostei da ideia que tu quis passar, bastante natural, só o jeito que tu escreveu ficou meio esquisito, alguns termos me pareceram vagos e sem sentido e o pretérito mais-que-perfeito não caiu bem em certos pontos, pense nisso.
"E assim foram andando, durante uns 20 minutos, até que a garota irritara-se: "Poxa! Não vamos chegar nunca? Não suporto mais esse mato, meus pés estão doendo, estou me coçando pelos mosquitos, logo vou desistir se não houver nada próximo!" sua voz irritada deixou o garoto um pouco preocupado, que a abraçou e disse..."
não tem sentido usar o pretérito mais-que-perfeito nesse caso, tanto que pela naturalidade da escrita tu volta a usar o pretérito perfeito no fim da frase, e isso cria um enorme problema. o correto seria "até que a garota irritou-se" ;)
Obrigado pela sugestão Arthur, mas eu não manejo, como tu mesmo viu, os tempos verbais com muita facilidade. Apesar da crítica ser construtiva, infelizmente pra mim vai ser difícil consertar isso, mas eu tentarei =}
obs.: "o jeito esquisito" se deve aofato de ter sido um coto experimental, quis misturar umas coisas e tentar um ponto de vista diferente do que eu estou habituado. Mas como eu disse, vou tentar de alguma forma, aproveitar tuas sugestões.
conto* experimental (estou no iPod, perdoem os erros)
hatters gonna hate
muito bom gaga, clima de suspense, fez um conto de terror. brinks '-'
faz*
Não consegui ler metade do primeiro parágrafo, desculpe-me.
Do not need to apologize
Vlw nathix, mas essa não era exatamente a proposta -.-
(mas eu realmente pensei em fazer algo com terror tb)
sinistr00
Esse blog vai falir, desculpem-me.
esse sapinho, vou te contar em...
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