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sábado, 19 de novembro de 2011

Acapella


Teus olhos me divertem.
Diz, quando está de bom humor.
O homem agora ajeita seu chapéu
E arranca um sorriso da garota.

Ambos pintam o sinuoso quadro
O pequeno e apertado quadro
Esboçado em verniz
Que a rua de nome-de-flor emprestou.

Você paga a conta,
Ele começou.
Jamais,
Ela nunca se cansava daquilo.

Ela pensa que ele é um artista.
Ele, que ela é duplamente ingênua.
Ambos seguem por um caminho
Ambos conhecem-o.

Seus olhos se encontram, uma vez que outra.
Jamais aqueles olhos azuis foram cativados
É evidente, ele sorri sozinho.
Ela, curiosa, tenta usar o cabelo.

É que ele amava o jeito que ela tocava no cabelo.
Quero algo diferente hoje,
Depende,
Você que sabe.

O caminho foi alterado
Mas será que não continuou?
Algo lá, bem no fundo, espectral
Faz o que todo domingo é de costume...

Ela acorda tarde.
Acorda faminta.
Acorda esquecida.
Quero ir para casa,

Ele, continua a apertar
Que lindo pescoço!
Que boquinha vermelha!
Que biquinho mais fino…

Ela grita.
Ele geme.
(Dá para ouvir os sons do outro caminho)
Ele termina acariciando, devagar, as mechas louras.

(Agora os fantasmas se despedem, 
ele feliz, esperando a próxima vez,
a vez que de tão intensa
ela vai entender...)

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