As dores cessam,
Esvaem-se dos amores.
Os versos perdem a cor,
A poesia é agrura.
Mas tudo se eleva.
Leva um tempo,
Mas o tempo, tudo leva,
Ainda que leve tempo.
O que se foi, é agora memória.
E tudo o que resta
É a beleza.
Porque só o que resta dessa vida
É beleza.
Arthur Wilkens
10 comentários:
Não sei se o que resta é beleza... Ela perece sempre
pensa com cuidado quando for julgar o que tu entende por beleza.
Eu achei muito bonito o poema.
Mas acho o outono uma coisa boa :P
também gosto do outono. mas para o título, pensei nele como uma analogia ao vento, à queda das folhas das árvores, que seriam os amores se esvaindo, e os versos perdendo a cor. o vento levando essas coisas todas pra longe.
pois é... Refleti o conceito de beleza assim que tinha escrito o post. Whatevah, fuck it up.
o comment*
Dica: o segundo verso, ainda que propositalmente experimental, ficou horrível
Desculpe, mas precisava dizer isso
hum, talvez tu te refiras à segunda estrofe, e não ao segundo verso.
eu gosto dele assim como é. como já disse, dificilmente publicaria aqui algo de que eu não gostasse. não precisa se desculpar, aqui tu expressa tua opinião como quiser ;)
Yep, estrofe. Geralmente quando falo que desgostei de alguma coisa é por que, de certa forma, convido o alvo a refletir sobre o objeto de uma maneira diferente. No caso, o que me desagrada, é o fato de apesar da repetição com alternância semântica ser proposital, ela não parece se enquadrar no poema e prejudica-o por sua cacofonia. Mas claro! Sei que aqui eu posso discordar, só ressalto que dificilmente o faço para crear um contra-ponto =]
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