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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Desdém para com as artes

É fato que, ao ensinar às crianças desde pequenas bons valores e dar-lhes-as exemplo dos mesmos geralmente repercurte em uma boa formação de caráter do indíviduo em questão. Estes valores, que servem como base para a manifestações de atitudes fraternas e o bom comportamento do homem em meio a outros de sua espécie, são expostos pelos pais.
O ser humano tem certo poder inato em saber, ao menos em essência, aquilo que condiz com o certo (ações que não inflingirão ao próximo nenhum dano ou o ajudará de alguma forma) e o errado (algo que inflingirá algum prejuízo no outrem). Mas na infância, esses valores ainda não estão bem definidos pela falta de vivência, e a mesma toma como o "certo" aquilo que a produz uma sensação de bom estar. Este seria então, uma parte do tabalho dos pais, repreender atuações errôneas e fazê-las aprender com as mesmas.
Depois desta fase onde a criança necessita da boa parte da atenção dos seus progenitores, ela é levada à escola. Lá ela começa um processo de socialização bastante diferente do que tinha até então em casa, podendo imitar atitudes, hábitos e expressões de seus novos colegas. As crianças lá são educadas a se comportar em meio a muitos indivíduos e são ensinados lhes conhecimentos de ordem básica/geral. Mas esta base, que a escola fundamental oferece, ignora muitas informações que condizem à cultura humana. Artes cênicas, visuais e musicais são quase censuradas pela instituição de ensino, pelo motivo de as mesmas não serem tão "importantes" e seu difícil encaixe na carga horária. Já foi comprovado, todavia, que as artes estimulam a criativadade, o senso crítico, o raciocínio lógico e a expansão de novas conexões neurológicas. Elas existem desde os primórdios e atuaram como principal fator evolucionista no processo de crescimento da raça humana, servindo de ferramenta para a expressão das idéias de muitos visionários do passado.
Então qual seria o motivo causador pela atitude de descaso com relação às mesmas? Talvez a subestimação das faculdades cognitivas do ser seja causada pela supervalorização daquilo pertencente ao conhecimento de ordem prática, restringindo tais facetas do homem como míseros hobbies. As emoções, sensações e indagações provocadas por estas faculdades também se mostram opostas ao interesse da ciência degenerada e de ordem materialista atual. Isto é, somado a falta de protestos dos pais e interessados na educação, o estudo se torna algo em boa parte tedioso, cujo o único estímulo dado aos alunos seria o de precisar preparar-se para passar em um bom vestibular, proposta essencial do colégio. As artes, tornam-se então, acessíveis a poucos, apenas os que possuem condições de pagar aulas extra-classes, ou seja, uma pequena parcela da sociedade total.
Essa nossa "cultura" está infelizmente, criando gerações de seres cada vez mais medíocres, sem muita profundidade cultural e com uma gama ainda menor de valores. É lamentável que, conhecimento que esteve ao alcance de nossas mãos agora se encontre desprezado por datas, números e fatos, e que apenas alguns, ainda almejam a domar tais ferramentas.


Gabriel.

4 comentários:

Nathalia disse...

"dar-lhes-as"???

Nathalia disse...

É realmente uma lástima que a escola não dê à arte seu real valor. Já houve época em que a arte era muito mais valorizada (Idade Média, Renascença...) e gênios da arte eram tão ou mais idolatrados que gênios de ordem científica (física, matemática).

Acho que em parte é o materialismo que faz isso mesmo, valoriza só a razão razão e razão e esquece que o seu humano tembém tem uma origem artística, um lado artístico, emocional e de "insights".

Acho que a arte nos estimula a fluir mais... e a falta de fluido é uma das causas da depressão, por exemplo.

Nathalia disse...

*leia-se, ser* humano rsrs

nathalia disse...

agora vai ter "artes" no "novo enem"