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terça-feira, 5 de abril de 2011

À ti, a verdade

Começo refletindo sobre o tempo
Pergunto-te: O que tu fostes ontem?
Não eras uma criança? Uma jovem esbelta?
E hoje, quando a decrepitude rói tuas entranhas,
Sonhas com o passado sem ganas do agora...

Somos míseros nada. Sim, não somos!
Pense na idade das estrelas, das galáxias
Das constelações e do Universo!
Quiçá dos outros universos que existem
E tu ainda anseias o próximo capítulo da novela?

Não vês que vive um sonho dentro d'outro?
As distrações circundantes e tua própria vida
Te engolfam num sono profundo e amargo
Pois algo sempre menciona a possível verdade
E disso, menina, ninguém gosta...

Tudo é tão perene e efêmero: as idéias, os amores
As recordações, a juventude; E disso tudo, pergunto:
O que fica? Por acaso levaste algum ideal para a cova?
Por acaso estás enfeitada com tua preciosa toga
Agora que os vermes te limpam e deixam só os ossos?

Mas não tema, minha doce querida
Além da vida há mistérios invisíveis aos profanos
O não-ser é a próxima etapa de uma não-vida
Portanto, prepare-se, humanas cinzas,
Para dissolver-te na mais radiante estrela
E viver a assombrosa realidade.

Gabriel

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