Vniversale descrittione di tvtta la terra conoscivta fin qvi

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Você nunca quis vê-la assim

Veja, há uma coisa ali na sombra

Ela se arrasta como um paladino vencido

Perceba, entretanto, o seu ver resoluto

Suas entranhas semi-abertas

E o sorriso demente, conspícuo, que tem essa criatura.

Esfrega-se no chão como uma lesma, e traz uma imundície fedorenta consigo

Consigo é ver a podridão que exala da sua boca depravada,

E suas palavras tem a adrenalina do sangue fresco de sua possível presa:

"Venha! Vamos se afogar no meu lodo, nessa miséria corruptível e resoluta,

Deixe que eu te possua, reboque tuas virtudes e atira-te no meu precipício de morbidez absoluta!"

"Ah!" compreendo. Isso tu sabes o que é. Afastemo-nos, antes que ela nos englobe,

Devore cada pedacinho digno nosso, para restar os ossos que tanto urgimos esconder.

Esfrega, esfrega, esfrega, é o coito da morte!

A verdade é que

com ela não temos sorte,

Não temos sorte,

Temos só

Temores

Tumores

Horrores

Medo do produto

Enlatado diminuto

Nosso conjunto:

Humanos torpes.


Gabriel Engelman

2 comentários:

Anônimo disse...

Ficou legal, Gabriel! Só acho que ficou meio random depois do "com ela não temos sorte"; mas acho que essa era a idéia do poema, se perder um pouco, né? Hehe
Abraço!

Arthur Wilkens disse...

vai entender..